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Diário da Amazônia

Agricultura em Rondônia crescerá com tecnologia

O Estado de Rondônia possui uma vasta extensão de terras degradadas, algo em torno de 6 milhões de hectares, segundo o Instituto..

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Publicado: 08/12/2014 às 10h52min | Atualizado 28/04/2015 às 06h14min

O Estado de Rondônia possui uma vasta extensão de terras degradadas, algo em torno de 6 milhões de hectares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em decorrência de seu uso equivocado e da ação de práticas inadequadas no manejo ao longo de sua colonização, que todavia podem ser recuperadas com tecnologia ampliando a produção agrícola.

A reabilitação destes espaços degradados depende de tecnologia para torná-los produtivos. O Estado sofre de carência de uma política de uso sustentável dos solos e de um programa que propicie desde incentivos adequados para manutenção das famílias no campo, bem como a informação técnica de como devem ser manuseadas, preservadas e recuperadas as áreas em processos de degradação.

A política de ocupação no território de Rondônia, conduzida ao longo dos tempos pelos mais diversos órgãos governamentais, verdade seja dita, na maioria das vezes sem qualquer tipo de coordenação e orientação técnica quando o importante era ocupar os espaços vazios. Tudo ao Deus dará!
Os tempos são outros. Na atualidade o Ministério da Agricultura zela pela produção e expansão do agronegócio, que leva o Estado a participar com uma fatia de 20% nas exportações de carne entesourando algo em torno de U$$ 2 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento Agrário cuida da regularização fundiária e dos projetos de assentamentos, que em Rondônia são 212, em que maioria das famílias ainda não dispõe de estradas vicinais, energia elétrica, postos de saúde e escolas. Uma baita contradição.

As terras rondonienses constituem um papel importante no processo produtivo de alimentos para a região Norte. Por isso é necessário que o Governo do Estado reconheça e valorize priorizando com projetos e programas, não só o agronegócio, mas bem como agricultura familiar como fontes geradoras de energia e sustentabilidade para quem vive e produz no campo regularizando as propriedades rurais por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
No quesito que trata da regularização fundiária e Cadastros Ambientais Rurais, (CAR) nos últimos quatros anos o governo do Estado fez a lição de casa, titulando mais de sete mil áreas rurais e entregando 33 mil Cadastros Ambientais Rurais.

No entanto, o Estado necessita com urgência de uma secretaria de Agricultura atuante que conheça com mais profundidade, inclusive estabelecendo regras de uso com responsabilidade garantindo a preservação do solo para as futuras gerações.

Não é necessário ser agrônomo, ambientalista ou coisa parecida para ter conhecimento que a política de solo rondoniense está fragmentada e desatualizada, dificultando qualquer tipo de planejamento de uso racional de suas terras para aplicação de tecnologias apropriadas. Na realidade ainda faltam políticas públicas no âmbito estadual e municipal.

O desafio é implementar um programa de levantamento e mapeamento racional das terras produtivas e improdutivas de Rondônia possibilitando, a obtenção de dados e números atualizados que possam permitir a elaboração de mapas em escalas adequadas que vão identificar nossas potencialidades e fragilidades no campo. Nas áreas degradadas, o risco de contaminação dos solos são verdades indiscutíveis.

Não se pode arrancar os cabelos e sair gritando que tudo está perdido. Existem avanços tecnológicos, principalmente no Cone Sul do Estado, área em que agricultura e pecuária de precisão revelam que apesar de tudo, Rondônia surge como uma nova fronteira agrícola e crescerá gerando emprego e renda, desde que sejam adotadas tecnologias modernas.

Esse debate é relevante para que os governos Estadual, Municipal e Federal venham estabelecer bases para que produtores rurais, grandes, pequenos e médios possam conhecer e estabelecer métodos eficazes para preservação e uso do solo em Rondônia.



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