Agricultura familiar movimenta renda e abastece a Capital

Boa parte da produção de hortaliças que chega a mesa da população da Capital vem da produção de 70 famílias do setor chacareiro do Jardim Santana. A agricultura familiar é uma das principais fonte de renda para as famílias de pequenas propriedades que vivem na zona rural de Porto Velho.

Os agricultores do setor chacareiro vivem da venda de alimentos que plantam, por isso priorizam práticas de cultivo mais sustentáveis com a produção de alimentos orgânicos, tornado-se aliados da sustentabilidade com responsabilidade socioambiental. A agricultura familiar melhora a fonte de renda do campo e proporciona qualidade nos alimentos sem agravar o meio ambiente diminuindo o impacto ambiental.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no Brasil 80% dos alimentos são produzidos por pequenas famílias em propriedades rurais. E a cada dez alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros, sete vêm de pequenas propriedades.

É através das mãos de pessoas como o Tiago Faustino, agricultor do setor chacareiro, que a produção de hortaliças que chega aos mercados da Capital. O agricultor conta que recebeu ajuda da Associação de Agricultores de um maquinário da Subsecretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) para realizar o tombamento da terra.

“Esse ano já realizei minha primeira entrega no valor R$ 3.600,00 através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), estamos expandindo bastante com o capital que estamos arrecadando, buscando sempre produzir um produto de qualidade”, disse Tiago.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um programa de compras de alimentos realizado pelo Governo federal que incentiva a agricultura familiar, promove a organização produtiva e econômica no meio rural e distribui gratuitamente alimentos para as entidades de assistência social combatendo à pobreza e o acesso à alimentação adequada e saudável.

De acordo com Gabriela Ortis Camargo representante do setor chacareiro dos Agricultores de Porto Velho antes da associação os produtores não tinham acesso a esses programas. “A associação já tem quatro anos, antes era só individual não tinham acesso a esses programas do Governo. Nos organizamos para que os agricultores começassem a vender nesses projetos”, destacou Gabriela.

Lucilene Carvalho veio do Ceará para Rondônia há dois anos com o esposo para viver da produção das hortaliças, enfatizou que toda a plantação de couve, alface, cheiro verde e mandioca é livre de agrotóxico. “Dependemos de cada plantinha para viver, nossa associação não mede esforço na luta da plantação e enriquece os nossos conhecimentos para trabalhar com a terra. Não usamos agrotóxico, aqui é tudo natural”, finalizou a agricultora.