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Diário da Amazônia

Água barrenta e seca de rio preocupam

Os problemas foram detectados em Alvorada do D’Oeste após uma forte chuva.

Por J. Nogueira Diário da Amazônia
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Publicado: 20/09/2017 às 05h30min

Moradores relataram o problema nas redes sociais; Vereadores pediram solução

Entre a quinta-feira (14) e domingo (17) os consumidores do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (Saae) da prefeitura de Alvorada D’Oeste, ficaram quase três dias sem abastecimento, e quando o fornecimento foi normalizado a água estava totalmente barrenta, sem quaisquer condições para o consumo humano. O problema teria ocorrido em consequência da forte chuva que caiu na cidade, e ainda, problemas nos três filtros do setor de captação com mais de 20 anos de uso. A seca do rio Águas Claras que abastece a cidade também contribui para o racionamento. Ontem, o superintendente do Saae, José Almeida da Silva alertou para o assoreamento do rio que corre sério risco de secar de vez.

Logo que o problema surgiu, vários moradores reclamaram nas redes sociais reivindicando uma solução imediata do problema, o que aconteceu somente três dias depois. O vereador do PDT, Cesar Timóteo, manteve contato com a Saae para saber o que estava acontecendo e foi informado dos três problemas: As fortes chuvas que caíram na cidade, os filtros com o tempo de uso já ultrapassado, e consequentemente, o baixo nível do rio Águas Claras devido ao período da seca. “Estamos acompanhando de perto esse problema, e a solução mais rápida, entendo, que seja a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) em Alvorada.”, declarou César Timóteo.

Decantador 

Ontem (19), em Ji-Paraná, o superintendente do Saae de Alvorada, José Almeida da Silva disse ter assumido a direção do órgão este ano a convite do prefeito José Valter. Ele informou que o ponto de captação de água que abastece a cidade fica à direita do rio Águas Claras e sua nascente na serra Moreira Cabral, e a bacia entre os rios Muqui e Ricardo Franco. Neste percurso, durante os meses de agosto e outubro, agricultores fazem o gradeamento para plantar café clonal e outras culturas da região, e quando chove, da maneira registrada na última semana, deixa a água totalmente barrenta, em um nível considerado praticamente lama. “Necessitamos, com urgência do reflorestamento das margens do rio Águas Claras que nasce na Serra Moreira Cabral sob forte risco de ele desaparecer”, alertou.

Ainda de acordo com José Almeida, a situação piora porque os equipamentos do Saae são considerados bastante ultrapassados, com mais de 20 anos de uso, não tendo mais condições de filtrar a água com qualidade, como deveria.



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