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Ainda não é o fim reeleição na Assembleia

Os novos deputados estaduais eleitos e reeleitos no último dia 5 de outubro deste ano ainda não foram diplomados, mas o desejo de..

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Publicado: 12/11/2014 às 08h24min | Atualizado 28/04/2015 às 02h00min

Os novos deputados estaduais eleitos e reeleitos no último dia 5 de outubro deste ano ainda não foram diplomados, mas o desejo de mudanças para a oitava legislatura 2015/2019 começaram a se manifestar. Ontem, os deputados acabaram rejeitando projeto que tinha como finalidade acabar com a possibilidade de reeleição da Mesa Diretora da Assembleia na próxima legislatura. O deputado estadual Edson Martins (PMDB), defendeu a proposta proibindo parlamentares que fazem parte da atual Mesa Diretora de concorrerem na próxima eleição.

Geralmente, as eleições da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa costumam ser marcadas por momentos de turbulências e denúncias de escândalos. Em legislaturas passadas, parlamentares ficavam sem comunicação e até fora do Estado evitando aliciamento. A situação se torna mais complicada quando existe uma posição contra o governo.

A gestão comandada pelo ex-deputado Carlão de Oliveira foi considerada uma das tensas no período que antecedeu o processo eleitoral. Na época, o então governador Ivo Cassol (ex-PSDB), buscava indicar um aliado candidato à presidência da Casa, mas sua investida acabou naufragando. Venceu Carlão de Oliveira com a maioria esmagadora. Foi a primeira derrota política de Cassol.

Na atual legislatura, o governador Confúcio Moura (PMDB), decidiu permanecer bem longe das decisões do parlamento estadual. Sua inoperância nesse processo político acabou favorecendo o então ex-deputado estadual Valter Araújo (PTB). Após ser eleito, em menos de três meses, os deputados amanheceram animados e decidiram aprovar nas primeiras horas do dia antecipar a reeleição de Valter Araújo. O ex-deputado, se não estivesse na cadeia, seria presidente por quatro anos e seu mandado de presidente venceria em fevereiro.

Para alguns políticos, a atual proposta impede a alternância de poder no comando do Legislativo. O senador Valdir Raupp, do PMDB, foi o primeiro a se manifestar em público sobre o tema. Para ele, essa proposta vem impedindo a alternância de poder, na referida casa legislativa. O senador sugeriu a parlamentares votarem contra a medida.

O próximo presidente do Legislativo a ser eleito no dia 15 de fevereiro do ano que vem vai encontrar na Casa de Leis um parlamento renovado em mais de 50% e cheio de propostas novas. Poderá ser um bom momento de colocar em discussão o fim da reeleição.



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