Porto Velho/RO, 27 Março 2024 11:07:53

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 22/09/2020 às 09h10min | Atualizado 22/09/2020 às 09h13min

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Ainda não se sabe qual será o candidato oposicionista a polarizar com o prefeito Hildon Chaves

El Niño e La Niña, crianças travessas, logo serão escaladas para levar a culpa pelos rigores climáticos

Os rigores climáticos

Característica notável das “narrativas” sobre a Amazônia é cada qual acusar uma ou mais das outras versões de culpa ou responsabilidade pelos problemas criados. Difícil é culpar adversários reais ou imaginários por fenômenos naturais como El Niño e La Niña, que não possuem causas humanas nem divinas. Apenas acontecem. A questão é estudar os fenômenos e verificar de que forma a arte e o engenho humanos podem canalizá-los em seu benefício ou se proteger dos impactos. Para isso é preciso vencer a ofensiva medieval anticiência e aprimorar a educação e a pesquisa.

Quando adultos não conseguem se entender, as crianças amadurecem mais rapidamente. Foi o que se viu com Malala Yousafzai, a jovem paquistanesa condenada à morte por defender a educação das meninas, e com Greta Thunberg, apoiada por multidões em sua defesa ambiental. Ao ser acolhidas e apoiadas, as duas venceram suas lutas, mas El Niño e La Niña, crianças travessas, logo serão escaladas para levar a culpa pelos rigores climáticos em curso no mundo e até pelo preço do arroz.

Fica difícil para qualquer narrador explicar por que os agricultores quebram recordes na produção de alimentos e eles ficam muito mais caros até para os vizinhos de quem os produz. Como não há uma explicação decente para isso, provavelmente vão culpar as crianças travessas: El Niño e La Niña.

Frente de esquerda

Mais uma vez a esquerda não se entendeu para a formação de uma coalizão de partidos deste segmento para a disputa da prefeitura de Porto Velho e o PT de Ramon Cajui, o PC do B de Samuel Costa, o PSTU de Geneci Gonçalves e o PSOL de Pimenta de Rondônia vão caminhar isolados para a disputa. O PT por se considerar acima dos parceiros, os demais supervalorizando suas situações e suas densidades eleitorais. Com isto, caminham para a peia.

O Bolsonarismo

Se de um lado, a esquerda não se entendeu, pelo menos não está em pé de guerra como o bolsonarismo e os candidatos conservadores. Eyder Brasil (PSL) e Breno Mendes (Avante) se bicam, enquanto que a candidata do centrão bolsonarista Cristiane Lopes (PP) não conseguiu formar uma aliança forte para sustentar sua candidatura. O conservadorismo ainda tem outros postulantes nas paradas, como Ronaldo Flores (Solidariedade) e Edvaldo Soares (PSC).

A polarização

Ainda não se sabe qual será o candidato oposicionista a polarizar com o prefeito Hildon Chaves, já que são 15 ao todo e a batalha ainda não começou. Inicialmente acredita-se de que o cabaço Vinicius Miguel em poucos dias se firme como o grande antagonista do prefeito tucano, já que é herdeiro dos votos deste segmento do deputado federal Leo Moraes que desistiu da disputa para permanecer na Câmara dos Deputados. Mas a campanha em Porto Velho, sabe-se como começa e nunca quando termina.

Forças do mal

As forças do mal também estão presentes no pleito em Porto Velho. Fala-se que o crime organizado está investindo numa candidatura a prefeito na capital, como sempre faz apoiando pontualmente a vereança e a Assembleia Legislativa. Neste ano vai investir forte para galgar o prédio do relógio. O candidato do pó vem forte e embalado com dinheiro do narcotráfico, da lavagem do dinheiro, de empresas com seus interesses em rapinar os cofres da municipalidade.

Onda bolsonarista

O sargento Eyder Brasil, que já luta contra as forças do mal, aposta na manutenção da onda bolsonarista para fazer frente aos favoritos Hildon Chaves (PSDB) e Vinicius Miguel (Cidadania). Lembrando que a onda vermelha de Lula durou duas eleições catapultando nomes até então inexpressivos para prefeito, Câmara dos Deputados e Senado. Não se sabe ainda qual será a influência do presidente nas eleições municipais, mas se tiver Eyder Brasil pode chegar ao segundo turno.

Via Direta

*** Seguem as obras de urbanização do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, na orla do Rio Madeira, um presente da Usina Santo Antônio para a capital *** È possível que a inauguração anunciada para de outubro acabe sendo transferida para novembro já que ainda tem alguma coisa para ser feita e é ano de eleição *** Outra obra esperada com grande expectativa é a ponte sobre o Rio Madeira na Ponta do Abunã. A inauguração já foi adiada duas vezes e recentemente foi chutada para dezembro *** Talvez venha como presente de Natal para os acreanos, embora em território rondoniense *** A vida já pulsa forte nos balneários da região metropolitana. Até os balneários do Candeias, no Rio Jamari já tem grande afluência de veranistas por conta do calor insuportável.


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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