Porto Velho/RO, 27 Março 2024 09:12:58

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 23/10/2020 às 09h19min | Atualizado 23/10/2020 às 09h25min

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Ainda temos um batalhão de indecisos para a escolha do próximo preferido da capital

Prefeitos do tipo Biden  Disraeli dizia que há “mentiras, mentiras deslavadas e estatísticas”, as piores. Há também o que se diz..

Prefeitos do tipo Biden 

Disraeli dizia que há “mentiras, mentiras deslavadas e estatísticas”, as piores. Há também o que se diz nas campanhas eleitorais. Nelas, verdades e mentiras se misturam. Só na prática dos eleitos é que se chegará à verdade. Há também as evasivas, onipresentes nas entrevistas e debates, nas quais os candidatos às prefeituras driblam as perguntas como se fossem Neymar ou Messi. Não é um fenômeno brasileiro, a julgar pelas recentes entrevistas dos presidenciáveis estadunidenses, Donald Trump e Joe Biden. Quanto mais à frente nas pesquisas, mais evasivas e silêncios diante de questões incômodas.

Um campeão em evasivas é o democrata Joe Biden. Diante de perguntas incômodas, na ânsia de manter a vantagem que as pesquisas lhe dão, desanda a falar sobre a Amazônia. Depois de dizer que vai oferecer dinheiro ao Brasil em troca da preservação da floresta, Biden fugiu de questões difíceis em recente debate pela TV ao ensinar que a Amazônia, a cada ano, absorve mais carbono que as emissões inteiras dos EUA. 

Agora os americanos já sabem disso, mas ficaram boiando quanto a questões como a Justiça e relações com a China. Será estranho se algum candidato a prefeito no Brasil fugir dos problemas de sua cidade falando sobre sequestros na China ou nos EUA, mas ficará uma certeza: quem evita responder às perguntas incômodas é sério candidato a perder votos e respeito.

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Batalhão de indecisos

Há poucas semanas da eleição no primeiro turno e ainda temos um verdadeiro batalhão de indecisos para a escolha do novo prefeito de Porto Velho.  Tantos indecisos devem deixar a pulga atrás nas orelhas dos favoritos, já que podem mudar tudo de uma hora para outra. Opções não faltam já que são agora 14 postulantes (Ted Wilson foi indeferido) e o problema é que ninguém está empolgando o eleitorado e a classe política anda em baixa com tantas prisões de prefeitos e políticos por corrupção. A política virou mesmo um balcão de negócios

Carta prejudicada

Com a inauguração da revitalização da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, na orla do Rio Madeira, adiada para o ano que vem, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) perde uma grande carta na peleja da reeleição. Apesar de ter trabalhado muito para melhorar a situação do centro histórico, com a instalação da sede da municipalidade no Prédio do Relógio, reforçando o acesso ao Centro Cívico (CPA) com o alargamento das av. Duque de Caxias, a região central segue tomada por viciados e meliantes e com tantas lojas e agências bancárias fechadas. Clima de abandono.

Cenário diferente

A população de Porto Velho, ao visitar os entes queridos no Dia de Finados no cemitério de Santo Antônio, terá um cenário diferente provocado pela pandemia. Ocorre que foram abertas alas extras naquele local, com centenas de novas covas para atender aos sepultamentos das vítimas do coronavirus. A propósito do covid, pelo menos três candidatos a prefeito na capital já sentiram na pele a doença: Eyder Brasil (PSL), Vinicius Miguel (Cidadania) e agora Pimenta de Rondônia (PSOL) ainda convalescendo.

Frases políticas

Tenho frases de políticos que volta e meia rememoro. Uma de autoria do falecido senador Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal). Ele dizia que as CPIs são o caminho mais rápido para lugar nenhum. Certamente pelo que viveu na ALE-RO e depois no Congresso. Outra frase interessante é do ex-deputado federal Miguel de Souza. Ele dizia o que acontece até hoje nas eleições locais, que o candidato só se elege por aqui, quando tudo conspira a favor. E não foi o que aconteceu com Hildon Chaves e Marcos Rocha? Mas na eleição atual tudo conspira contra o candidato tucano a reeleição.

A moeda beradeira

 Gente, pelos antecedentes do partido é uma temeridade. O PT do petrolão, do mensalão, do dinheiro escondido na cueca, propõe a criação de uma moeda virtual para o município, alcunhada por aqui de beiradeira. Todos os candidatos petistas em outras cidades estão fazendo o mesmo para se popularizar. Mas já imaginou o PT administrando estes recursos, depois de tantos mal feitos pelo país afora? Os petistas estão com fome de dinheiro já que estão fora das bocadas desde a cassação de Dilma. O partido teria então credibilidade para a gerar e administrar a tal moeda?

 

Via Direta

*** O coronel Ronaldo Flores, candidato do Solidariedade a prefeitura de Porto Velho queimou a largada com teto extremamente baixo nas primeiras pesquisas ***Com respaldo do ex-governador Daniel Pereira e do ex-prefeito e deputado federal Mauro Nazif, seu lançamento era cercado de grande expectativa *** O inverno amazônico (chuvas) recém começou e a Estrada da Penal já está repleta de lamaçais. A estrada, aberta ainda no governo Cassol, liga a região central de Porto Velho ao Distrito de São Carlos, no baixo madeira *** Com as mercadorias, como carne, óleo de cozinha, arroz etc aumentando, os restaurantes também resolveram reajustar os preços dos seus cardápios na capital rondoniense *** Por conseguinte,  caberá aos proletários como  eu, encarar PFs com bife de sóião, quiçá uns ossinhos de galinha para lamber! *** E parabéns ao amigo Big Wolf, o popular Lobão pelo aniversário. Vida longa!  


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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