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Diário da Amazônia

Alertas de desmatamento na Amazônia crescem 63,75% em abril

Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real aponta o terceiro maior alerta de desmate para o mês nos últimos cinco anos.

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Publicado: 08/05/2020 às 16h05min

Os alertas de desmatamento na floresta Amazônica cresceram 63,75% em abril deste ano, se comparado ao mesmo mês de 2019, de acordo com o sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Neste ano, foram emitidos alertas para 405,6 km², enquanto no ano anterior, no mesmo período, foram 247,7 km². O aumento ocorre em meio à recomendação de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus e após um primeiro trimestre que bateu o recorde histórico de desmatamento dos últimos quatro anos, quando começou a série de monitoramento do sistema na Amazônia.

Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já os dados oficiais de desmatamento são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgado anualmente. Abril de 2020 registrou a terceira maior taxa de alertas de desmatamentos para o mês desde 2016, atrás de 2018, quando foram emitidos alertas para 489,5 km² e 2016, com 440,41 km².

O Mato Grosso é o estado com a maior área agregada a receber avisos de desmatamento em abril: foram 144,58 km², e corresponde a 35,6% do total. Em seguida, está Rondônia com 103,97 km² desmatado. O terceiro é o Amazonas, com 76,88 km². Todos os estados que têm área de floresta amazônica receberam alertas este mês. A maior parte da área (391,27 km², cerca de 96%) corresponde ao desmatamento com solo exposto, quando há perda de cobertura de vegetação. Ao menos 2% são áreas que mantiveram a vegetação. E cerca de 1,3% corresponde à atividade de mineração. As áreas de preservação mais afetadas no primeiro trimestre de 2020 são a Floresta Nacional do Jamanxim, no Pará; e a área de proteção ambiental do Tapajós, também no Pará.

Fonte: G1



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