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Diário da Amazônia

AM tem 85% de rodovias com deficiência

A precariedade foi constatada pela Confederação Nacional do Transporte, que avaliou quatro rodovias federais e uma estadual.

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Publicado: 03/01/2018 às 05h10min

BR-319 em Humaitá foi um dos trechos percorridos durante levantamento feito pela CNT

Do total de 1.022 quilômetros da malha viária de rodovias estaduais e federais no Amazonas, 85% apresenta algum tipo de deficiência. As condições do pavimento e sinalização têm afetado o tráfego de veículos nas estradas e gerado acréscimo do custo operacional de 49,6% no transporte rodoviário do Amazonas.

A precariedade foi constatada pela Confederação Nacional do Transporte, que avaliou quatro rodovias federais e uma estadual. A análise integra a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias divulgada recentemente.

A pesquisa da CNT percorreu 1.022 quilômetros de estradas no Estado, incluindo trechos da AM-010, da BR-230 (Transamazônica), BR-317 (divisa do Amazonas com Acre) e BR-319. Dos trechos das quatro rodovias avaliadas 85% (869 quilômetros) da malha apresentou algum tipo de deficiência do estado geral com classificação regular, ruim ou péssimo. O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Somente 15% (153 quilômetros) tiveram classificação ótima ou boa.

As deficiências geram um acréscimo do custo operacional do transporte no transporte rodoviário do Amazonas, que chega ao índice 49,6%, enquanto a média em todo o País é de 27%. Os 166 acidentes ocorridos em 2016 geraram um custo de R$ 24,58 milhões.

Pavimento

Em relação ao pavimento, a CNT considerou as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 80,5% da extensão avaliada no Amazonas, enquanto 19,5% foram considerados ótimos ou bons; 28,8% da extensão pesquisada apresentou a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

Nesse segmento são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais.

O estudo apontou que houve problemas de sinalização em 80,7% da extensão avaliada com classificação regular, ruim ou péssima. Em 19,3% dos trechos das rodovias o estado foi ótimo ou bom.

Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 43,3% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na análise da geometria da via.

A pesquisa constatou que 83,2% da extensão pesquisada não teve condições satisfatórias de geometria; 16,8% tiveram classificação ótima ou boa nesse aspecto. O Amazonas teve 96,8% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla. (G1/Amazonas)



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