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Editorial

coluna

Publicado: 29/05/2019 às 11h25min

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Amazônia precisa de ação concentrada contra facções

A onda de violência na região Norte tem aumentado e a presença do crime organizado é cada vez mais percebida nas modalidades..

A onda de violência na região Norte tem aumentado e a presença do crime organizado é cada vez mais percebida nas modalidades criminosas. A imensidão de fronteira sem proteção e a dificuldade de controlar a entrada de drogas e armas por rios e matas, parece ganhar dimensão à medida que as fronteiras já manjadas, como Centro-Oeste e Sul, tem presença mais forte de forças de segurança. O arrocho nos morros cariocas também favorece a migração da marginalidade pelo País.

Se não tem sido fácil conter as ações criminosas nas fronteiras secas e limpas, faça idéia numa ampla margem inóspita que ladeia com países conhecidos pela atua livre na plantação, produção e envio de drogas. O governo brasileiro precisa agir rápido para conter. A vasta Amazônia com suas matas fechadas e abundantes rios tem infinitas rotas embrenhadas que facilitam as ações de facções criminosas. Há rumores de que até as FARC colombianas tem sub-bases instaladas em território brasileiro.

A perceptiva migração do crime organizado ganhou força com o surgimento (em 2006) da FDN (Família do Norte) que é a terceira maior facção criminosa do País. A matança nos presídios em Manaus, ocorridas no final de semana, é sinal de que o controle dos presídios está nas mãos do crime organizado. O Acre vive um horror de mortes cruéis entre os rivais do crime organizado. Em Rondônia, as dezenas fugas sem explicações, mostra a fragilidade do sistema prisional e aparente descontrole do estado.

A sensação de insegurança é enorme e já não se pode andar livremente pelas ruas. Assaltos, seqüestros, furtos, roubos, arrombamentos, enfim, são tantas modalidades ao mesmo tempo que o cidadão tem dificuldade para decidir de corre o risco para viver ou vive para correr risco.

É necessário que os governos dos estados amazônicos tenha como meta melhores políticas públicas de segurança e, em bloco, busquem junto ao Governo Federal apoio para ações de combate ao crime organizado já que o assunto torna-se medida de soberania nacional devido a fragilidade aparente. Essa conta não pode e não tem como ser paga pelos respectivos estados fronteiriços.


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