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Diário da Amazônia

Angelo Angelim na sombra do Teixeirão – por R. Machado

No dia 17 de maio em uma tumultuada transmissão de cargo, por causa da baderna criada por Raquel Cândido e seu companheiro Magno..

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Publicado: 03/07/2020 às 11h24min

fotos R. MACHADO

No dia 17 de maio em uma tumultuada transmissão de cargo, por causa da baderna criada por Raquel Cândido e seu companheiro Magno Guimarãs, o Cel. Jorge Teixeira de Oliveira, após permanecer 6 anos, 1 mês e 7 dias, à frente do Governo de Rondônia, transmitiu o Cargo ao Deputado Estadual do PMDB, Angelo Angelim, primeiro Governador civil e político a assumir o Governo do Estado.

Desde o inicio do seu Governo, Angelo Angelim, teve que engolir uma dura e complicada disputa entre os Caciques do PMDB E PDS, por Secretarias e outros importantes cargos. Os pmdebistas queriam os principais e estratérgicos cargos e os pedessistas também queriam os mesmos cargos. E o Salseiro de formou e muitas intrigas e acusações de ambos os lados surgiu.

O porque deste embrólio todo? Quando foram pedir a cabeça do Teixeirão ao Presidente Sarney, foi praticamente toda a bancada federal junta (exceção dos Senadores Odacir Soares e Galvão Modesto) e naquele momento ficou acertado entre eles que os Cargos seriam divididos igualitariamente. Só que esqueceram de avisar O Governador Angelo Angeli que já tinha dito anteriormente que o seu Secretariado seria de sua escolha e responsabilidade. Os Caciques de ambos os lados não gostaram e começaram a pressionar o Governador que ficou acuado e teve que ceder aos pedidos e exigências dos políticos em questão.

fotos R. MACHADO

O professor Angelo Angelim era um homem educado, refinado e começou sua vida política como vereador em Vilhena onde tinha sua base eleitoral e muito querido por lá. Sempre foi muito discreto, de fala mansa e muito ponderado em suas ações políticas.

Ficou com a difícil missão de governar Rondonia pós Teixeirão e administrar a complicada aliança formada, um autêntico balaio de gatos e cachorros juntos.

Ao iniciar suas visitas ao Interior do Estado, teve que enfrentar situações inusitadas, como ver prefeitos ainda com o Teixeirão na cabeça, em seus desafinados discursos, começarem assim: “ Excelentíssimo senhor governador Jorge Teixeira” e depois avisado por assessores, meio sem jeito se desculpavam. Aconteceu diversas vezes em vários Municipios.

E teve que passar praticamente todo o seu mandato tampão inaugurando obras iniciadas pelo governo anterior e isto o incomodava muito.

Em um certo dia, sábado, ‘’ fui tomar café na casa do Governador Angelo Angelim, que morava na avenida Calama, sub-esquina com Rio Madeira e o encontrei sentado na varanda com as mãos na cabeça, me ofereceu café e acompanhamentos e me disse: – É MUITO DIFÍCIL GOVERNAR RONDÔNIA ATUALMENTE, PRESSÃO DE TO- DOS OS LADOS. NA FRENTE JERÔNIMO SANTANA, E OS MEMBROS DO PMB, DO OUTRO LADO O PESSOAL DO PDS, ALÉM DO NEFASTO MARIO CALIXTO E O CANALHA DO OLAVO PIRES. ACHO QUE VOU PEDIR A MINHA RENÚNCIA”. R. Machado.

Foi convencido a ficar e prá alivio dele e familia, entregou a faixa de Governador a Jeronimo Santana em 15 de março de 1987 e voltou para sua querida Vilhena.

Por R. Machado



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