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Publicado: 09/01/2020 às 10h20min
A situação de endividamento do brasileiro continua sendo problema para o consumo. No último final de ano as lojas não ousaram em fazer grandes estoques já prevendo vendas tímidas. O que vendeu está na pendura dos parcelamentos que, sengundo o SPC Brasil, perdurará até abril próximo.
Tudo indica que o consumidor aproveitou o décimo terceiro salário para pagar outras dívidas que já estavam bolando como neve ladeira abaixo. Não bastando as contas pendentes, janeiro tem IPTU, IPVA, compras de materiais escolares e outras despesas básicas do período.
A pesquisa do SPC Brasil indica bem essa situação vivida pela economia brasileira, onde o poder de compra continua baixo e as dívidas permanecem altas. Este primeiro semestre parece que será de recebe aqui e paga ali, isso quando o dinheiro der. Em maio já vem outro periodo sazonal para o comercial que espera criar liquidez com as vendas para o Dia das Mães. Porém, se não houve um milagre econômico as vendas não serão estimuladoras.
O que salvou o ano passado foi a liberação dos R$ 500 do FGTS que provocou um giro de última hora, somado com o décimo terceiro. Para esse início de ano alguma outra fatia precisa ser liberada para o povo ter poder de compra e movimentar a máquina econômica do comércio que, consequentemente, dará reflexo no setor industrial que produzirá mais e gerará mais empregos.
Uma fórmula que daria certo para o Brasil seria estimar a agroindustria já que o setor de agronegócio vai bem, mas o que produz e vendido de forma bruta e o capital fica na mão de poucos. A geração de empregos é essencial para capitalizar a população e dar poder de compra, fazendo girar a dinâmica máquina da cadeia de valor de um país.
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