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Apenadas comentam falta dos filhos

A penitenciária estadual feminina em Porto Velho possui atualmente duas mulheres grávidas e quatro com bebês pequenos que ficam no..

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Publicado: 08/05/2016 às 06h16min

A jornalista do Diário esteve na penitenciária estadual feminina conversando com as três mamães apenadas. (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

A jornalista do Diário esteve na penitenciária estadual feminina conversando com as três mamães apenadas. (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

A penitenciária estadual feminina em Porto Velho possui atualmente duas mulheres grávidas e quatro com bebês pequenos que ficam no alojamento separado. Todo o acompanhamento do pré-natal é feito dentro da unidade que possui equipe para fazer este trabalho. Com a introdução da medicação injetável o número de grávidas dentro da unidade reduziu cerca de 67% nos últimos três anos. Muitas mães dentro da penitenciária recebem a visita dos filhos, porém algumas que vieram de localidades mais distantes perderam um pouco o contato.

Algumas apenadas já cumpriram o tempo do regime fechado e aguardam ansiosas a mudança de regime, para poder ficar com os filhos “estou aqui há quatro anos e quatro meses, vou ficar até quarta-feira, 10 de maio. Tenho 2 filhos, 1 casal, e eles vêm frequentemente me visitar”, disse Patrícia Souza Campos. A preocupação e saudade são amenizados pela certeza que os filhos estão sendo bem cuidados, pela mãe de Patrícia, “a gente procura administrar da melhor maneira possível, imagino que ninguém cuida dos filhos da gente como a gente”, informou.

O sentimento de arrependimento do crime cometido é constante por ter que ficar tanto tempo longe dos filhos, “quando eu sair, como eu vou trabalhar com o meu próprio negócio, vai dar tempo de levar eles para escola, vai dar tempo deles ficarem comigo, para ensinar a trabalhar também”, relatou Campos.

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A jornalista do Diário esteve na penitenciária estadual feminina conversando com as três mamães apenadas   Roni Carvalho/Diário da Amazônia

A jornalista do Diário esteve na penitenciária estadual feminina conversando com as três mamães apenadas Roni Carvalho/Diário da Amazônia

A penitenciária estadual feminina em Porto Velho possui atualmente duas mulheres grávidas e quatro com bebês pequenos que ficam no alojamento separado. Todo o acompanhamento do pré-natal é feito dentro da unidade que possui equipe para fazer este trabalho. Com a introdução da medicação injetável o número de grávidas dentro da unidade reduziu cerca de 67% nos últimos três anos. Muitas mães dentro da penitenciária recebem a visita dos filhos, porém algumas que vieram de localidades mais distantes perderam um pouco o contato.

Algumas apenadas já cumpriram o tempo do regime fechado e aguardam ansiosas a mudança de regime, para poder ficar com os filhos “estou aqui há quatro anos e quatro meses, vou ficar até quarta-feira, 10 de maio. Tenho 2 filhos, 1 casal, e eles vêm frequentemente me visitar”, disse Patrícia Souza Campos. A preocupação e saudade são amenizados pela certeza que os filhos estão sendo bem cuidados, pela mãe de Patrícia, “a gente procura administrar da melhor maneira possível, imagino que ninguém cuida dos filhos da gente como a gente”, informou.

O sentimento de arrependimento do crime cometido é constante por ter que ficar tanto tempo longe dos filhos, “quando eu sair, como eu vou trabalhar com o meu próprio negócio, vai dar tempo de levar eles para escola, vai dar tempo deles ficarem comigo, para ensinar a trabalhar também”, relatou Campos.

Raimunda Silva é mãe de 5 filhos, cumpriu 7 anos no regime fechado e também aguarda a liberação para o semiaberto, “o relacionamento é bom pelo fato de não ter nenhum contratempo, mas é difícil porque só vejo minhas filhas uma vez por ano”, comunicou. Segundo ela, a família toda mora em Rio Branco no Acre, e por conta da distância a comunicação é feita por carta “eles estudam, as mais velhas são casadas […] uma teve filho, eu ainda não conheço, só por foto”, afirmou. Durante o tempo de reclusão a maior dificuldade vivida é saudade da família “a parte mais difícil de falar é essa, a parte mais dolorida é essa”, afirmou Raimunda.

Mãe pela terceira vez, Jéssica Rolaine, está entrando no nono mês de gestação, ela foi presa em Rolim de Moura, mas vivia no Mato Grosso “ no começo eu chorava muito […] vou ficar 6 meses e depois volto lá para Pimenta Bueno”, relatou. Após o nascimento, o bebê vai ficar com o sogro dela, já os outros dois filhos estão com a mãe no Mato Grosso. “Quando sair vou buscar eles. Eu deixo passar a saudade, por não ter nenhum contato com eles, só quando eu sair”, finalizou.

Somente as presas que entram na unidade e comprovam ter um relacionamento fixo no momento da prisão tem direito a visita íntima, caso não declarem um companheiro perdem esse direito “nós não permitidos, antes era permitido como no masculino, mas nós observamos que eram homens que elas não conheciam, eram pessoas arranjadas e elas se sujeitavam só para receber material, ou seja, estavam se prostituindo dentro da unidade”, esclareceu Auricélia Gouvea Caetano, diretora de segurança da penitenciária.



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