Dois alunos que participaram da Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (Ferocit), em 2017, Aldo Lery e Robert Willian, um desses portador de TDH, foram autores da ideia.
No entanto, por serem alunos do último ano do ensino médio, cederam o trabalho para o aluno do 1 ano do ensino fundamental, Ruan Monteiro Azzi, sob orientação do professor.
O projeto de iniciação a pesquisa científica sob orientação do professor Cleiton ajuda na conscientização dos alunos com TDAH do tipo de prejuízo que o comportamento impulsivo pode trazer tanto para ele quanto para o grupo, além de ser necessário para instrumentalização e desenvolvimento de ações por parte dos profissionais da educação. A conscientização de ambos ajuda a criar um ambiente acolhedor e propicio para o ensino-aprendizagem com foco na educação inclusiva.
TDAHmente
Cleiton Araújo afirma que o aplicativo é uma ferramenta moderna que pode substituir os formulários utilizado por profissionais da educação, psicólogos e orientadores. Para ele é uma forma de auxiliar no diagnostico do TDAH, inclusive com a participação do estudante. Cleiton alerta que o recurso não substitui o diagnóstico médico, mas após pesquisas, ele acredita que o método utilizado atualmente nas escolas da rede está ultrapassado e que não tem acompanhado a modernidade cientifica.
A ferramenta tecnológica pode ser usada no sistema android e já está disponível na PlayStore com o nome TDAHMENTE; também está disponível no site: http://tdahmente.com/. A metodologia usada foi baseada em pesquisas respaldas pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) 4 e 5, trata-se de um diagnóstico preliminar para auxiliar a comunidade escolar, mas que deve ter acompanhamento do profissional médico.
No Brasil, 4,4% das crianças e adolescentes com idade entre 4 a 18 anos, sofrem de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), aponta estudo realizado no ano de 2017 pelo Instituto Glia com 5.961 jovens de 18 Estados do País. Entre as crianças com TDAH, 58,4% não tinham o diagnóstico e só 13,3% tomavam medicação adequada. Por outro lado, 6,1% foram erroneamente diagnosticados e 1,6% tomavam remédio sem precisar.
Depois das pesquisas e construção do aplicativo, a ferramenta foi disponibilizada na internet para passar pelo processo de avaliação e aperfeiçoamento. Os autores inscreveram na Ferocit deste ano, e será inscrito em feiras e congressos para promover o uso e debate em torno da sua funcionalidade.