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Diário da Amazônia

Ações de combate à dengue não têm reduzido casos

Apesar dos esforços, os casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti só vêm crescente.

Por Magda Oliveira Diário da Amazônia
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Publicado: 01/03/2016 às 06h55min | Atualizado 29/02/2016 às 18h43min

Pacientes durante espera por atendimento na Unidade Básica de Saúde Nova Esperança  Magda Oliveira/Diário da Amazônia

Pacientes durante espera por atendimento na Unidade Básica de Saúde Nova Esperança Magda Oliveira/Diário da Amazônia

Desde o início do mês de janeiro deste ano, agentes de endemias e saúde estão visitando casa a casa para fazer a vistoria dos quintais à procura de possíveis criadouros, em Cacoal. Além disso, também estão sendo feitos mutirões de limpeza nos bairros. Apesar dos esforços, os casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti só vêm crescente.

Segundo aponta na planilha de controle da dengue, somente na última semana foram notificados 71 casos suspeitos de dengue, além de 37 pacientes suspeitos de estarem com o vírus zika e 28 suspeitos de chikungunya. “Esses números estão bem altos, nós já estamos no nível três, o que indica que podemos entrar em situação crítica, com epidemia. Nós precisamos descobrir onde estão os criadouros e apesar de estarmos realizando várias ações esses números só vêm aumentando”, contou a coordenadora de vigilância em Saúde, Ivani Gromman.

O motivo nesse aumento, segundo Ivani, pode estar relacionado à existência de fossas abertas. E, para eliminar a quantidade de mosquitos é necessário eliminar esse criadouro, que pode prejudicar um bairro inteiro. “Se observarmos nas residências, percebemos que as pessoas estão tendo mais cuidado com a limpeza, mas o problema parece estar na existência das fossas. É importante que os moradores observem se estão danificadas e caso estejam deves ser lacradas, pois se conseguirmos fazer isso, com certeza iremos reduzir esses números”, garantiu Ivani.

O reflexo desse alto número de mosquitos é o aumento no atendimento oferecido pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Na UBS Nova Esperança, todos os dias pelo menos cinco pacientes suspeitos são atendidos. “A demanda é grande e as notificações estão aumentando, todos os dias temos pacientes com suspeitas das doenças transmitidas pelo mosquito. As grávidas que procuram pelo posto também são avaliadas pelo médico e são orientadas sobre os cuidados necessários durante a gravidez para evitar o vírus zika”, contou a enfermeira responsável pela Unidade, Atainá Tenório Volkweis.



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