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VARIEDADES

Apostas vão dar mais dinheiro aos clubes do que a Caixa

Sites de jogos já patrocinam 10 clubes da Série A do Brasileirão; regulamentação de operação ficará pronta no final do ano que vem.

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Publicado: 29/08/2019 às 17h15min | Atualizado 30/08/2019 às 10h53min

Um levantamento realizado pelo jornal O Globo mostrou que os clubes brasileiros vão ter mais renda com a chegada dos sites de apostas ao mercado. A comparação revela que a margem de lucro será maior com a nova lei (13.756) do que com o formato atual administrado pela Caixa Econômica Federal.

Sancionada pelo ex-presidente Michel Temer, a lei que prevê a regulamentação das apostas esportivas no país está atualmente tramitando no Senado e poderá vir a ser aplicada na prática nos próximos dois anos. 

Especialistas afirmam que as equipes de futebol têm de ganhar em pelo menos duas frentes: com as porcentagens sobre o volume de apostas e com os patrocínios do setor. No mercado internacional, onde as apostas foram regularizadas, o futebol encontra-se em melhores condições.

Atualmente 10 dos 20 times que compõem a série a do Brasileirão já são patrocinados por sites de apostas internacionais como o 22Bet, mesmo que a atividade ainda não seja legal no Brasil. A publicidade sobre as apostas também é massiva.

Isso acontece porque boa parte dos brasileiros recorre agora aos sites internacionais de apostas, visto que pela lei atual não se pode apostar em território nacional. Contudo, a lei não impede o apostador de fazer seus palpites online desde que o servidor da página não esteja alocado no Brasil. 

Na matéria publicada pelo Globo, os especialistas acreditam que o esporte possa contar ainda com mais R$ 300 milhões de rendimento após a legalização das apostas.

No modelo atual, a Caixa é que gere os lucros das apostas no Brasileirão das duas primeiras divisões. De acordo com o advogado especialista em regulação de jogos pela Universidade de Las Vegas, Luiz Felipe Maia, só o patrocínio que as casas de jogos têm a oferecer já cobre o valor que a Caixa injeta agora no futebol brasileiro.

Muitas pessoas têm se embasado no modelo de sucesso que é o Reino Unido. O setor movimenta US$ 3 bilhões por ano. Caso a lei entre em vigor em 2020, e os principais times da série A sejam majoritariamente sustentados por sites de apostas, estima-se um montante de R$ 150 milhões arrecadados por ano.

Contudo, a lei prevê remuneração apenas para clubes de futebol pelo uso de imagens nos sites de apostas. Ou seja, as apostas que forem realizadas em outros esportes, como basquete, por exemplo, vão gerar receitas somente ao futebol.

E essa não é a única confusão sobre a lei. Não é à toa que o Ministério da Economia ainda esteja realizando consultas públicas sobre o tema. A discussão ainda gira em torno das regras que serão definidas e como será efetuada a regulamentação de fato. Apostadores também estão ansiosos para obter lucros em solo nacional e poder curtir o esporte dando palpites lucrativos em seus times.

 



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