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Diário da Amazônia

App para coletar dados sobre queimadas é desenvolvido em RO

"Olhos de Águia" foi criado por um analista de Porto Velho. Objetivo do aplicativo é ajudar nas missões de combate às queimadas.

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Publicado: 23/09/2019 às 09h52min

Foto mostra contraste com área queimada em Vilhena — Foto: Herbert Weil/Arquivo Pessoal

Um aplicativo desenvolvido em Porto Velho ajuda na coleta de informações sobre queimadas na Amazônia. “Olhos de Águia” foi criado pelo analista do Centro Gestor e Operacional do Sistema da Amazônia (Censipam), Mario Fraga, para registrar, por meio de fotos e coordenadas geográficas, novos focos de calor na região.

Conforme o Ministério da Defesa, o aplicativo já começou a ser usado por agentes de órgãos parceiros do Censipam, como Exército, Força Aérea Brasileira e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante ações de combate às queimadas.

Ao G1 Mario Fraga disse que a ideia para criação do aplicativo surgiu uma semana depois da assinatura do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que tenta controlar queimadas na floresta amazônica.

O app foi desenvolvido para ser uma nova fonte de informações e melhorar o planejamento das missões de campo.

Como funciona o aplicativo?
“Olhos de Águia” foi criado para ser utilizado por órgãos ambientais, mas não há restrição para civis.

Qualquer pessoa pode baixar o app, que está disponível gratuitamente nos sistemas Android e IOS. Em caso de passar por uma região de queimada, o usuário preenche os campos com informações sobre intensidade do fogo, latitude e longitude. Também é possível enviar uma foto do local.

As referências serão adicionadas ao banco de dados do aplicativo assim que o celular se conectar a internet.

 

Aplicativo “Olhos de Águia” pretende ajudar no combate às queimadas na Amazônia. — Foto: Reprodução

“Minha intenção é ajudar quem está em campo combatendo as queimadas. Se alguém passar por um foco de calor pode marcar aquele ponto no aplicativo e a central de comando vai receber a coordenada geográfica e a foto do local. Com isso, vamos conferir se a informação bate com nossos satélites e então partimos para missões de campo”, explicou Mario.

O analista reitera que o aplicativo é uma ferramenta para ajudar na apuração de queimadas na Amazônia e não pode ser usado como fonte oficial sobre o número de focos existentes.

“Se uma pessoa mal intencionada preencher informações falsas no aplicativo é muito fácil de ser rastreada. Antes de sair para uma missão de campo aquele dado é confirmado via satélite”, disse.

Ainda não há um levantamento da quantidade de missões feitas a partir do app.

Fonte:  G1 RO



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