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Diário da Amazônia

Apreensão de drogas aumenta no Estado

A apreensão de drogas está ocorrendo com maior frequência nos últimos meses em Rondônia. Mais de cinco importantes operações..

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Publicado: 22/10/2018 às 09h27min

A apreensão de drogas está ocorrendo com maior frequência nos últimos meses em Rondônia. Mais de cinco importantes operações policiais foram realizadas este mês. Algumas delas resultaram na apreensão de mais de meia tonelada de maconha, além da prisão de traficantes, “laranjas” e desarticulação de grupos organizados que controlavam o tráfico de drogas de dentro de estabelecimentos prisionais em Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena.

O número de apreensão poderia ter sido bem maior, caso a Polícia Civil estivesse com a estrutura necessária e material humano suficiente para deflagrar outras operações. Ocorre que a demanda de investigação dentro da Polícia Civil aumentou e o próximo governador terá de trabalhar de forma intensa no sentido de contratar novos policiais. Será necessário desarticular outros crimes que estão acontecendo nas fronteiras de Rondônia com o Mato Grosso e Bolívia.

A Polícia Civil ainda enfrenta problemas de estrutura e logística, como a falta de veículos para realização de diligências. Outro grande problema é a deficiência no quadro de servidores. Muitos estão a caminho da aposentadoria, sobrecarregando os profissionais que deixam de cumprir outros importantes serviços dentro da instituição. Rondônia e Mato Grosso se tornaram rota importante dos traficantes. A localização geográfica das regiões tem relevância pelo fato de as cidades estarem na divisa com a Bolívia, um dos países maiores produtores de maconha e cocaína do mundo. A fronteira, infelizmente, ainda está carente da presença do Estado. O descaso é de fundamental importância para os traficantes trabalharem de forma livre no recebimento das drogas e no transporte dos produtos do crime.

O trabalho da Polícia Federal também é de grande valor na redução dos crimes na região. Apesar do pouco material humano, a Polícia Federal está mais estruturada e mantém uma linha direta com a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, responsável por gerir o orçamento nos Estados. Se for feita uma comparação com a fronteira de Foz do Iguaçu (PR) com o Paraguai, Rondônia ainda tem uma área de fronteira bem tranquila. O Diário já esteve na região paranaense e acompanhou de perto o trabalho da Polícia Federal e da Receita Federal. A diferença é que o produto mais contrabandeado na fronteira do Paraguai é o cigarro, enquanto em Rondônia a droga lidera o topo da pirâmide.

O que preocupa em Rondônia é essa “tranquilidade” nas áreas isoladas. O Estado tem mais de mais de mil quilômetros de fronteira com a Bolívia, permitindo maior atuação dos traficantes no processo de transporte de drogas. Investir na segurança de fronteira se tornou prioridade de qualquer plano de governo, mas é necessário partir para a prática.



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