O Parlamento da Nova Zelândia aprovou nesta terça-feira (2), em uma primeira votação, a lei que visa restringir a posse de armas, promovida após o ataque da supremacia branca em duas mesquitas da cidade de Christchurch.
Um total de 119 parlamentares respaldaram a votação, que teve apenas um voto contrário, durante sessão noturna da câmara, segundo a imprensa local.
A medida foi anunciada pela primeira-ministra, Jacinda Ardern, um dia depois do atentado terrorista.
O Legislativo neozelandês planeja endossar a medida neste mês, que ainda deve ser votada duas vezes, e que visa proibir a posse de armas militares semiautomáticas e fuzis de assalto, como as utilizadas para cometer o massacre.
O superintendente da polícia, Mike McIlraith, demonstrou no tribunal e na frente de políticos sobre como é fácil manipular algumas armas para torná-las mais poderosas, detalhou o jornal New Zealand Herald.
50 mortos, 50 feridos
Cinquenta pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque indiscriminado contra os fiéis muçulmanos que estavam nas mesquitas antes da tradicional oração do meio-dia, em 15 de março.
Na Nova Zelândia, cerca de 250 mil pessoas possuem licenças padrões de categoria A para porte de armas, que permite aos maiores de 16 anos possuírem e utilizarem rifles e escopetas, após testes policiais.
O agressor possuía esta licença desde 2017 e desde então comprou cinco armas, incluindo duas semiautomáticas, que na maior parte foram adquiridas pelo site da loja de armas neozelandesa Gun City.