Futuro superministro da Economia, Paulo Guedes afirmou nesta terça-feira (6) que aprovar a reforma da Previdência seria “um belo encerramento para o governo” de Michel Temer.
“Eu acho urgente a reforma da Previdência. Tinha defendido isso antes de ser convidado a integrar o governo”, iniciou ele durante sessão solene que comemorou 30 anos da Constituição Federal, no Congresso Nacional. “Há anos que eu falo sobre isso. Acho que estamos bastante atrasados. Então a reforma da Previdência é algo muito importante e acho que seria um belo encerramento do governo Temer”, afirmou.
Guedes ainda propôs que, ainda neste ano, seja votada “parcela do texto atual” e também que a discussão de sua proposta sobre um novo sistema, ancorado na capitalização, comece no ano que vem.
Na segunda-feira (5) o presidente eleito, Jair Bolsonaro, propôs que se aprove neste ano pelo menos a idade mínima para aposentadoria, que ele estimou em 61 anos para homens e 56 para mulheres. Na proposta que está na Câmara, as faixas são de 65 e 62 anos, respectivamente. Hoje Bolsonaro voltou a mencionar que discutirá o assunto com o presidente Michel Temer amanhã (7), em reunião no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse que a reforma será “a possível, a proposta que tenha votos (para ser aprovada).
Questionado sobre a viabilidade política de se aprovar a reforma da Previdência ainda em 2018, Paulo Guedes disse acreditar que a “a política se dará em novas bases de centro-direita”. “Os votos [no Congresso] deixarão de ser individuais, na base do toma lá dá cá, e obedecerão à orientação dos partidos”, afirmou.
Segundo o economista, além da Previdência, o novo governo, tão logo assuma, pretende se dedicar também à desburocratização, simplificação tributária e privatização – temas que também terão de ser analisados pelo Legislativo. As declarações foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda, antes de Guedes se reunir com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a quem irá suceder.