O artesanato Indígena alcança finalmente seu espaço social, preferência dos turistas quando vêm visitar todos os recantos na Amazônia.
Aqui em Porto Velho não é diferente e como (nada é por acaso), indo em direção ao Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, quase chegando na segunda curva, encontro dois ‘indígenas’, pai e filho de etnia Karithiana. Me revelaram, depois de oferecer a eles uma carona, já que iam para o mesmo destino a loja “Floresta Delícias da Amazônia”.
Cansados de caminhar, desde a reserva onde moram e produzem sua arte, dentro da ‘Funai’ do bairro Arigolândia, já haviam percorrido mais de 10 quilômetros a pé: “Já fomos no Mercado Central, Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Feira do Sol onde ‘parentes’ têm barracas, vamos entregar artesanato na loja”, disse Carlos Karithiana.
O mais admirável nesse pequeno contato que tive no qual percorremos pouco mais de um quilômetro, desconfiados, aceitaram a carona, e pasmem, em nenhum momento eu senti desconforto de ambas as partes.
Pelas condições, pareciam muito à vontade, nenhuma reclamação quando questionei pela falta de apoio e o descaso que as autoridades tratam nossos artistas. Essa foi uma de muitas histórias amazônicas que através do dom e da criatividade eu vi um exemplo, uma lição de vida: humildade, compreensão, perseverança, paz de espírito e respeito pelo próximo. Tá bom pra você?
Assim, dedico e saúdo a todos os artesãos do mundo.