BUSCA O QUE ESTÁ PROCURANDO?

Onde deseja efetuar a busca?

Política &

coluna

Perfil

Publicado: 14/04/2020 às 09h48

As crianças tiveram a ração de chocolate reduzida

Frase do dia “Não finjam para si que estão vivendo em um mundo normal. O mundo não está normal” – Arthur Virgílio Neto, prefeito..

Frase do dia

“Não finjam para si que estão vivendo em um mundo normal. O mundo não está normal” – Arthur Virgílio Neto, prefeito de Manaus AM, pilotando o caos da COVID-19  

1-Páscoa sem chocolate

As crianças tiveram a ração de chocolate reduzida. A tradição dos ovos grandes de chocolate foi reduzida pelas fábricas e até pelas doceiras artesanais em função da crise de pouco dinheiro e isolamento social. A “páscoa pobre” sem o almoço festivo com bacalhau da classe média ganhou em união familiar via mensagens de aplicativos. Nos bairros pobres a troca de panelas – gesto bem comum – ajudou e enriqueceu o pão nosso de cada dia. A lembrança da “páscoa pobre” ficará com os adultos. Criança troca fácil um ovo de chocolate por uma dose maior de carinho.  

2-A ditadura da rede social

Em ano eleitoral – torço para que a eleição deste ano não ocorra – o que tem de “fiscal do povo, justiceiro do povo, amigo do povo, defensor do povo”, fazendo campanha aberta para as próximas eleições, não está no gibi. Onde há fila, buraco, alagação, lá estão. Celular, lives, língua afiada para uma solução fácil e inexequível ou para contar uma “estória de verdade” desmentida logo depois por médicos do Cemetron, mas que não terá a igual repercussão da live. A “tchurma do tô assim com o povão” acaba disseminando os vírus do medo e da mentira a troco de votos.

3-Entre a saúde e a economia                                    

Ontem ao celebrar a Páscoa com religiosos, o presidente disse: “O país precisa ser informado do que realmente está acontecendo não com o pânico. Com mensagens de paz, conforto, cada um se preparar para a realidade”. À noite o ministro Mandetta falou de isolamento horizontal contra a ideia de isolamento vertical do Capitão. Idosos e doentes crônicos em casa e jovens e adultos saudáveis trabalhando. É como se o guarda ordenasse avançar o trânsito com sinal vermelho. A pendenga avança, o vírus avança e na dúvida alguém vai acabar batendo o carro. Tá embaçado! 

4-Vanguarda do atraso

O juiz Lewandowski havia fulminado a MP 936/2020 dos acordos entre patrões e empregados para manter empregos foi mas não foi com o recurso da AGU: “Esclareço, para afastar quaisquer dúvidas sem que tal implique em modificação da decisão embargada, que são válidos e legítimos os acordos individuais celebrados na forma da MP 936/2020 os quais produzem efeitos imediatos. Ressalvo, contudo, a possibilidade de adesão, por parte do empregado, à convenção ou acordo coletivo posteriormente firmados…”. Eis aí a justiça cega criando insegurança jurídica ao tropeçar na própria bengala e parindo tal gambiarra.  Rolando Lero não teria feito melhor.

5-Desatando os nós

Depois da proposta do Maia ao Plano Mansueto, Paulo Guedes visa transferir grana diretamente a Estados e municípios com a contrapartida de congelamento de salários públicos por dois anos. A ideia é uma nova transferência somada ao pacote de R$ 88,2 bilhões de março, para fortalecer em meio à expectativa de queda da arrecadação face às medidas de isolamento social. “A gente dá dinheiro para Estados e municípios, mas não pode ser para aumento de salário. Está todo mundo na ameaça de desemprego, empresas fechando e no setor público todo mundo em casa, geladeira cheia, salário alto? Então fica sem dar aumento por dois anos”, completou alguém da área econômica sob sigilo. Ou seja, o valor repassado não pode ser a título de compensação pela perda de arrecadação com impostos r sim uma ajuda extraordinária diante da pandemia. Gostei!

[email protected]