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Editorial

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Publicado: 27/02/2020 às 09h13min

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As mulheres, o poder nas urnas e os poucos espaços partidários

A marca de apenas 12% de prefeituras sendo administradas por mulheres mostra que, no Brasil, pouco avançou na formação política da..

A marca de apenas 12% de prefeituras sendo administradas por mulheres mostra que, no Brasil, pouco avançou na formação política da mulher. De predominância machista, apesar da existência da cota de 30% nos partidos e chapas eleitorais, as mulheres ainda tem pouco espaço para a projeção política.

Na maioria das chapas que disputam as eleições, a cota feminina é preenchida por ‘Laranjas’ que são as candidaturas fictícias somente para burlar a lei. Basta ver o resultado das votações para entender que grande parte tem votação irrisória, demonstrando que estavam lá somente para preencher lacuna. Acontece que as Laranjas a também recebem recursos do fundo partidário e os valores pagos não correspondem às pífias votações.

Os partidos de esquerda são os que mais trabalham a formação política da mulher, consolidando uma base que possa de fato ter projeção. Outras mulheres que estão com mandatos têm algum tipo de militância ou ação expressiva na sociedade. Tem ainda aquelas fazem parte de clãs políticos regionais sendo as herdeiras do poder dos país, que chegam ao topo na carona de gigantescas estruturas.

Além de estabelecer a cota de mulheres, a legislação deveria obrigar aos partidos ações que pudessem garantir o empoderamento, a formação, a consolidação e, por fim, a eleição de mulheres para ampliar as bancadas e espaços em governos. Existe muito mais do que 12% de mulheres capazes. O que falta na verdade são espaços para consolidação do poder feminino nas urnas, nas bancadas e nas cadeiras executivas dos palácios administrativos.


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