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Diário da Amazônia

As negociações para a realização do Arraial Flor do Maracujá 2019

As negociações para a realização do Arraial Flor do Maracujá 2019, que felizmente terminaram com todo mundo em paz, me fez lembrar..

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Publicado: 06/06/2019 às 09h25min

As negociações para a realização do Arraial Flor do Maracujá 2019, que felizmente terminaram com todo mundo em paz, me fez lembrar alguns episódios que aconteceram em anos específicos, entre os representantes do governo estadual e os representantes dos grupos folclóricos.

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Vamos lembrar alguns episódios envolvendo representantes dos grupos folclóricos e governo.

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Em meados da década de 1990, os grupos que se destacavam em suas apresentações, eram os Bois Bumbás.

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Acontece que a Associação de Grupos Folclóricos de Rondônia – AFRO tinha como presidente o Folclorista Pedro Botelho, que era totalmente a favor de mais apoio aos grupos de quadrilhas.

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Assim sendo, não saia da sala do secretário de Cultura que sempre o encaminhava ao Departamento de Cultura cujo diretor o mandava conversar com o coordenador da Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá que 100% adorava a brincadeira de Boi Bumbá.

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Certo dia ao conversar com o coordenador do Flor e mais uma vez insistir no apoio financeiro ao Grupos de Quadrilhas, recebeu a seguinte resposta:

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Nós só temos recursos para os Bois Bumbás. Depois de muito argumentar e não conseguir nada para as Quadrilhas, Pedro Botelho foi embora muito triste.

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Dessa viagem parou num lanche que funcionava na rua José de Alencar pelo lado da Caixa Econômica e na calçada do prédio aonde funcionava a Secretaria Municipal de Cultura – SEMCE onde trabalhava o José Monteiro seu cunhado, Almira, Omedino Pantoja, Aluízio Guedes e Carlinhos Maracanã. Se não estou enganado o prefeito era o José Guedes e o secretario de Cultura o professor Daniel.

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O expediente já havia acabado quando Pedrinho chegou e encontrou a turma, sentada em uma mesa do Lanche e ali ficou e desabafou sua decepção com a direção da SECET em relação aos grupos de quadrilhas.

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Desabafou e caiu passando mal, apesar da turma ter chamado o socorro. Quando a equipe da saúde chegou era tarde, PEDRO BOTELHO estava morto. Morreu defendendo recursos para os grupos de quadrilhas.

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Os anos se passaram e o folclorista Antônio de Castro Alves que era o vice do Pedro Botelho na AFRO criou no final da década de 1990, a Federação das Associações de Grupos Folclóricos de Rondônia – FRAGRUF e com a anuência da presidente da FUNCETUR órgão que substituiu a Secet, passou a coordenar a Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá.

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Quando o governador Ivo Cassol assumiu, ativou novamente a Secretaria de Cultura agora como Secel e nomeou secretário Luiz Carlos Venceslau que veio de Espigão do Oeste.

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Quando chegou o mês de maio do ano 2004, Luiz convidou o Antônio de Castro Alves para uma conversa e disse: “O Flor do Maracujá não é da sua Federação, é do governo do estado e nós é que vamos administra-lo a partir de agora”.

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Pela primeira vez o Boi Corre Campo perdeu para o Diamante Negro e o resultado foi que Antônio Castro Alves ficou tão deprimido com a atitude do secretário, que no dia 22 de agosto de 2004, dia do folclore, depois de alguns dias na UTI de um hospital faleceu. Morreu lutando pelos grupos folclóricos.

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Essas história são apenas para lembrar a luta enfrentada pelos folcloristas de Rondônia, ao longo desses 38 anos da existência da Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás – Arraial Flor do Maracujá.

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Desta vez, graças a Deus, a pendenga terminou com os dirigentes da Sejucel e da Federon fumando o CACHIMBO DA PAZ!

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E como todo mundo continua vivo, vamos juntos, realizar o Melhor Flor do Maracujá de todos os tempos!

 



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