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Até Olavo de Carvalho criticou o secretário de Cultura Roberto Alvim.

Discurso do secretário da Cultura imitando o ministro da Propaganda Nazista de Hitler, Goebbes de 1933 na Alemanha

Publicado: 17/01/2020 às 10h40
Atualizado: 17/01/2020 às 11h39

    Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça’, diz Olavo de CarvalhoIdeólogo escreveu em suas redes sociais após vídeo de secretário da Cultura ser criticado por citar Goebbels.

Olavo de Carvalho que é amigo pessoal e um dos colaboradores ideológicos do presidente Bolsonaro, teceu crítica em sua Rede Social em desfavor as falas do secretário de Cultura do Governo Federal, Roberto Alvim que parou o país, após a liberação do vídeo institucional.

Presidente Jair Bolsonaro decide pela demissão de Roberto Alvim da Cultura.

O que Olavo disse?

Olavo de Carvalho criticou o vídeo nazista publicado por Roberto Alvim, secretário da Cultura de Jair Bolsonaro, na noite desta quinta-feira (16) nas redes sociais, com trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler.

Pelo Facebook, Olavo de Carvalho, que indicou Alvim para o cargo, sinaliza que o seu doutrinado parece maluco. “É cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça. Veremos”, escreveu o guru no Facebook.

Roberto Alvim: Bolsonaro não viu má intenção em citação de nazistaO secretário da Cultura disse que conversou com o presidente Bolsonaro logo após a repercussão gerada pelo vídeo.

O que o presidente disse?

O secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta sexta-feira, (17/1), após a repercussão gerada pelo vídeo em que copia um trecho do discurso do ministro de Hitler, Joseph Goebbels.

“Liguei para ele e expliquei a coincidência retórica. Ele entendeu que não houve má intencionalidade e que eu não sabia a origem da menção”, comentou o secretário em entrevista ao programa Chamada Geral da rádio GaúchaZH. Alvim explicou que o texto foi construído com o auxílio de assessores. O Palácio do Planalto afirmou, em nota, que não vai se manifestar sobre a fala do secretário.

Alvim disse que a semelhança entre os discursos foi “uma coincidência retórica” e que, apesar de concordar com o trecho citado no vídeo, repudia os ideais nazistas. “Eu sou cristão, minha vinculação ao povo judeu é absoluta. Então, peço, humildemente, de todo o coração, perdão às pessoas que se sentiram ofendidas por essa infeliz associação retórica”, se desculpou. “Não há em nosso horizonte nenhuma conexão com o regime nazista”, completou.

Às 11 horas da manhã dessa sexta-feira (17) de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro decide pela demissão de Roberto Alvim.

A causa da polêmica.

Na noite de quinta-feira, Roberto Alvim gerou indignação nas redes sociais por causa de um vídeo criado para divulgar o Prêmio Nacional das Artes , projeto lançado horas antes em live com a participação do próprio presidente. No discurso, o secretário copiou uma citação do ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels.

Depois de uma repercussão negativa, Alvim afirmou que o houve uma “coincidência retórica”. “Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com UMA frase de um discurso de Goebbles…não o citei e JAMAIS o faria.foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita:heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional.”

A relação das falas de Roberto Alvim e Olavo de Carvalho.

Goebbes e Alvim.

O trecho de Alvim que referencia o ministro nazista foi promovido nos perfis oficiais da Secretaria da Cultura na 5ª feira (16.jan). Na ocasião, ele divulgou o Prêmio Nacional das Artes e falou: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”

 

Segundo livro do historiador alemão Peter Longerich, Goebbels fez 1 discurso semelhante em 8 de maio de de 1933, no hotel Kaiserhof, em Berlim (Alemanha), para diretores de teatro.

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos [potência emocional] e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse Goebbels.

O texto foi construído a partir das notícias publicadas no Portal O Globo, sítios Folha, Poder 360 e Secretaria da Cultura do Governo Federal.

Por Victoria Angelo Bacon.

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