Porto Velho/RO, 03 Abril 2024 18:20:42
Diário da Amazônia

Bairros ficam mais de 72 horas sem água

A falta de abastecimento ocorreu após queda de energia no domingo (15).

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 18/11/2015 às 05h15min | Atualizado 18/11/2015 às 08h19min

Servidores da Companhia estão trabalhando na “adequação” da bomba desde ontem Ageu Lulu/Diário da Amazônia

Servidores da Companhia estão trabalhando na “adequação” da bomba desde ontem Ageu Lulu/Diário da Amazônia

Desde a manhã do último domingo (15) quando, sem prévio aviso, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido pela Eletrobras, moradores do 1º Distrito de Ji-Paraná estão sem água em casa. A queda de energia queimou uma das bombas usadas para encher o reservatório distrital. A energia foi interrompida por 40 minutos, já a água, há quatro dias não chega nas torneiras. O desabastecimento tem afetado comércios e órgãos públicos e escolas que tiveram de suspender as aulas.
Osvaldo Zacatelli, proprietário de restaurante, teve de fechar as portas ontem (17), porque não tinha água para preparar as refeições. “Nós demos folga para os quinze funcionários, porque sem água não dava para trabalhar. Esse dia parado está me custando pelo menos R$ 3 mil”, reclamou.

Para tentar solucionar o problema, o superintendente da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd), Euclides Maciel, solicitou que a bomba reserva de Pimenta Bueno fosse trazida. Mas, como as peças de encaixe nos canos não têm o mesmo tamanho, foi preciso tirar a parte excedente com uma lixa. Se a bomba funcionar, a previsão de retorno do abastecimento deve acontecer no final da manhã de hoje. “Esse pessoal que está trabalhando aqui, acordou às 4h da madrugada, e estão empenhados em resolver o problema, para que a população possa ter água novamente”, disse o superintendente.

Esta é a segunda vez que uma bomba da Caerd queima em decorrência de queda de energia elétrica. Segundo a Eletrobras, a partir da gerência local, a interrupção aconteceu em decorrência de um problema ocorrido em uma das redes de abastecimento da zona rural. A Gerência também explicou que com a chegada do inverno amazônico, período marcado por muitas chuvas e pequenos vendavais, os problemas de queda de energia são comuns e inevitáveis.(Fernando Pereira)

Escolas suspendem aulas e venda de água aumenta

Algumas escolas da rede estadual e municipal de ensino também sentiram os efeitos da falta de abastecimento de água ontem, em consequência dos problemas registrados nas bombas na área de captação da Caerd.

Quem acabou comemorando foram os pontos de vendas de água de poços artesianos, principalmente no período da manhã, em alguns deles, foi preciso formar fila para organizar o atendimento. O valor do galão estava sendo vendido ao preço de R$ 2 enquanto que a água mineral estava com o valor de R$ 7,50 para a entrega.

Antônio Silva, gerente de um dos pontos de vendas informou a queda na venda da água mineral chega aos 10%, enquanto que a água do poço artesiano tratada teve acréscimo superior a 15%. Segundo ele, o motivo para as duas situações é uma só. Primeiro o aumento no valor da mineral e as constantes suspensões no fornecimento do líquido por parte da Caerd.

O comerciário Carlos Alexandre, casado e pai de um filho menor de idade, morador do bairro Parque São Pedro no primeiro distrito disse estar há mais de 24 horas sem abastecimento. “Nossa caixa tem capacidade somente de 500 litros. Agora, estamos comprando água para beber e fazer o almoço”, reclamou. (J.Nogueira)



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