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Banco do Brasil prevê aumento no crédito rural

A tendência é de elevação dos juros,

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Publicado: 17/04/2015 às 14h22min | Atualizado 28/04/2015 às 06h30min

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Senador Acir Gurgacz|Banco do Brasil

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), vice-presidente da CRA, manifestou preocupação com os impactos do ajuste fiscal no campo, em especial como o corte de recursos e a elevação de juros para financiar as atividades rurais, durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária em que o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, considerou inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra.

Para Acir, o governo tem que manter o subsídio no crédito rural, principalmente no Pronaf, que atende a agricultura familiar. Acir frisou: “Sabemos que a tendência é de elevação dos juros, mas o governo precisa manter e ampliar o subsídio ao crédito rural para que a agricultura possa continuar puxando a economia brasileira pra cima, formando o superávit na balança comercial e para que nossos agricultores possam permanecer produzindo no campo”.

O senador rondoniense aproveitou para cobrar o aumento da oferta de crédito do Banco do Brasil para os agricultores durante a Rondônia Rural Show, que ocorre entre 27 e 30 de maio. O senador disse mais: “Nosso desejo é que a parceria entre os governos federal e do Estado com as financeiras seja mantido, para que possamos oferecer um crédito bom para nossos agricultores”.

O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, disse considerar inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra. O motivo, explicou, é a elevação da Selic e a redução de depósitos à vista e na caderneta de poupança, principais fontes dos recursos do crédito rural.

Ao relatar dificuldades para custear o crédito, Osmar Dias explicou que sete de cada dez reais emprestados pelo Banco do Brasil aos agricultores são provenientes de depósitos à vista e depósitos em poupança. Para 2014, relatou, o Banco do Brasil estimou em R$ 165 bilhões os depósitos em poupança, mas fechou o ano com R$ 148 bilhões. Explicou: “Tivemos esse desbaste na poupança, e também no depósito a vista, o que acaba impactando o crédito rural”.

Conforme informou, o banco tem buscado outras fontes, fazendo o que ele chamou de mix de recursos, estratégia que garante o volume para atender a demanda, mas com juros acima dos praticados na safra 2014/2015.

“Tem alguma possibilidade da taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha, mas acredito que o produtor ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% ao ano e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação”, disse, ao frisar que a definição dos juros do crédito rural é responsabilidade da equipe econômica do governo federal.

Para a safra em curso, que termina em junho, foram anunciados R$ 156,1 bilhões para financiar a agricultura empresarial, a juros de 6,5%, e R$ 24 bilhões para a agricultura familiar, a juros que variam de 0,5% a 3,5% ao ano. A expectativa no campo, conforme relatos dos senadores, é que não haja retrocesso no crédito rural.

Segundo Osmar Dias, o apoio do banco à agricultura familiar se justifica por ser um setor que responde por 75% do pessoal ocupado no campo e produz 70% do feijão, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz que abastece a mesa dos brasileiros. Ele disse estar trabalhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em regras para aumentar a segurança na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), uma espécie de credencial para que um agricultor possa ter direito a acessar o crédito.

Durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o vice-presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), manifestou preocupação com os impactos do ajuste fiscal no campo, em especial com o corte de recursos e a elevação de juros para financiar as atividades rurais. Na ocasião, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, considerou inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra.

Para Acir, o governo tem que manter o subsídio no crédito rural, principalmente no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Sabemos que a tendência é de elevação dos juros, mas o governo precisa manter e ampliar o subsídio ao crédito rural para que a agricultura possa continuar puxando a economia brasileira para cima, formando o superávit na balança comercial, e para que nossos agricultores possam permanecer produzindo no campo”, frisou Acir.

Senador Acir quer que governo mantenha subsídio no crédito rural do Pronaf

Senador Acir quer que governo mantenha subsídio no crédito rural do Pronaf

O senador rondoniense aproveitou para cobrar o aumento da oferta de crédito do BB para os agricultores durante a Rondônia Rural Show, que ocorrerá entre 27 e 30 de maio, em Ji-Paraná. “Nosso desejo é que a parceria entre os governos Federal e do estado com as financeiras seja mantida para que possamos oferecer um crédito bom para nossos agricultores”, destacou Acir.

Osmar Dias explicou que a elevação dos juros no financiamento da próxima safra se dará com a elevação da Selic, a redução de depósitos a vista e na caderneta de poupança, principais fontes dos recursos do crédito rural.

Ao relatar dificuldades para custear o crédito, Osmar Dias disse que R$ 7 de cada R$ 10 emprestados pelo BB aos agricultores são provenientes de depósitos a vista e depósitos em poupança. Para 2014, relatou, o Banco do Brasil estimou em R$ 165 bilhões os depósitos em poupança, mas fechou o ano com R$ 148 bilhões. “Tivemos esse desgaste na poupança e também no depósito a vista, o que acaba impactando o crédito rural”, justificou.

R$ 156,1 bi anunciados para a safra deste ano

Ainda conforme Dias, o banco tem buscado outras fontes, fazendo o que ele chamou de mix de recursos, estratégia que garante o volume para atender à demanda, mas com juros acima dos praticados na safra 2014/2015. “Tem alguma possibilidade de a taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha. Mas acredito que o produtor ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% ao ano e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação”, afirmou, ao frisar que a definição dos juros do crédito rural é responsabilidade da equipe econômica do governo Federal.

Para a safra em curso, que termina em junho, foram anunciados R$ 156,1 bilhões para financiar a agricultura empresarial, a juros de 6,5%, e R$ 24 bilhões para a agricultura familiar, a juros que variam de 0,5% a 3,5% ao ano. A expectativa no campo, segundo relatos dos senadores, é que não haja retrocesso no crédito rural.

Para Osmar Dias, o apoio do banco à agricultura familiar se justifica por ser um setor que responde por 75% do pessoal ocupado no campo e produz 70% do feijão, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz que abastecem a mesa dos brasileiros. Ele disse também estar trabalhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) regras para aumentar a segurança na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), uma espécie de credencial para que um agricultor possa ter direito a acessar o crédito.



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