O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), vice-presidente da CRA, manifestou preocupação com os impactos do ajuste fiscal no campo, em especial como o corte de recursos e a elevação de juros para financiar as atividades rurais, durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária em que o vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias, considerou inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra.
Para Acir, o governo tem que manter o subsídio no crédito rural, principalmente no Pronaf, que atende a agricultura familiar. Acir frisou: “Sabemos que a tendência é de elevação dos juros, mas o governo precisa manter e ampliar o subsídio ao crédito rural para que a agricultura possa continuar puxando a economia brasileira pra cima, formando o superávit na balança comercial e para que nossos agricultores possam permanecer produzindo no campo”.
O senador rondoniense aproveitou para cobrar o aumento da oferta de crédito do Banco do Brasil para os agricultores durante a Rondônia Rural Show, que ocorre entre 27 e 30 de maio. O senador disse mais: “Nosso desejo é que a parceria entre os governos federal e do Estado com as financeiras seja mantido, para que possamos oferecer um crédito bom para nossos agricultores”.
O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, disse considerar inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra. O motivo, explicou, é a elevação da Selic e a redução de depósitos à vista e na caderneta de poupança, principais fontes dos recursos do crédito rural.
Ao relatar dificuldades para custear o crédito, Osmar Dias explicou que sete de cada dez reais emprestados pelo Banco do Brasil aos agricultores são provenientes de depósitos à vista e depósitos em poupança. Para 2014, relatou, o Banco do Brasil estimou em R$ 165 bilhões os depósitos em poupança, mas fechou o ano com R$ 148 bilhões. Explicou: “Tivemos esse desbaste na poupança, e também no depósito a vista, o que acaba impactando o crédito rural”.
Conforme informou, o banco tem buscado outras fontes, fazendo o que ele chamou de mix de recursos, estratégia que garante o volume para atender a demanda, mas com juros acima dos praticados na safra 2014/2015.
“Tem alguma possibilidade da taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha, mas acredito que o produtor ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% ao ano e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação”, disse, ao frisar que a definição dos juros do crédito rural é responsabilidade da equipe econômica do governo federal.
Para a safra em curso, que termina em junho, foram anunciados R$ 156,1 bilhões para financiar a agricultura empresarial, a juros de 6,5%, e R$ 24 bilhões para a agricultura familiar, a juros que variam de 0,5% a 3,5% ao ano. A expectativa no campo, conforme relatos dos senadores, é que não haja retrocesso no crédito rural.
Segundo Osmar Dias, o apoio do banco à agricultura familiar se justifica por ser um setor que responde por 75% do pessoal ocupado no campo e produz 70% do feijão, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz que abastece a mesa dos brasileiros. Ele disse estar trabalhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em regras para aumentar a segurança na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), uma espécie de credencial para que um agricultor possa ter direito a acessar o crédito.
Durante audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o vice-presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), manifestou preocupação com os impactos do ajuste fiscal no campo, em especial com o corte de recursos e a elevação de juros para financiar as atividades rurais. Na ocasião, o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, considerou inevitável a elevação dos juros no financiamento da próxima safra.
Para Acir, o governo tem que manter o subsídio no crédito rural, principalmente no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Sabemos que a tendência é de elevação dos juros, mas o governo precisa manter e ampliar o subsídio ao crédito rural para que a agricultura possa continuar puxando a economia brasileira para cima, formando o superávit na balança comercial, e para que nossos agricultores possam permanecer produzindo no campo”, frisou Acir.
O senador rondoniense aproveitou para cobrar o aumento da oferta de crédito do BB para os agricultores durante a Rondônia Rural Show, que ocorrerá entre 27 e 30 de maio, em Ji-Paraná. “Nosso desejo é que a parceria entre os governos Federal e do estado com as financeiras seja mantida para que possamos oferecer um crédito bom para nossos agricultores”, destacou Acir.
Osmar Dias explicou que a elevação dos juros no financiamento da próxima safra se dará com a elevação da Selic, a redução de depósitos a vista e na caderneta de poupança, principais fontes dos recursos do crédito rural.
Ao relatar dificuldades para custear o crédito, Osmar Dias disse que R$ 7 de cada R$ 10 emprestados pelo BB aos agricultores são provenientes de depósitos a vista e depósitos em poupança. Para 2014, relatou, o Banco do Brasil estimou em R$ 165 bilhões os depósitos em poupança, mas fechou o ano com R$ 148 bilhões. “Tivemos esse desgaste na poupança e também no depósito a vista, o que acaba impactando o crédito rural”, justificou.
R$ 156,1 bi anunciados para a safra deste ano
Ainda conforme Dias, o banco tem buscado outras fontes, fazendo o que ele chamou de mix de recursos, estratégia que garante o volume para atender à demanda, mas com juros acima dos praticados na safra 2014/2015. “Tem alguma possibilidade de a taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha. Mas acredito que o produtor ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% ao ano e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação”, afirmou, ao frisar que a definição dos juros do crédito rural é responsabilidade da equipe econômica do governo Federal.
Para a safra em curso, que termina em junho, foram anunciados R$ 156,1 bilhões para financiar a agricultura empresarial, a juros de 6,5%, e R$ 24 bilhões para a agricultura familiar, a juros que variam de 0,5% a 3,5% ao ano. A expectativa no campo, segundo relatos dos senadores, é que não haja retrocesso no crédito rural.
Para Osmar Dias, o apoio do banco à agricultura familiar se justifica por ser um setor que responde por 75% do pessoal ocupado no campo e produz 70% do feijão, 58% do leite, 46% do milho e 34% do arroz que abastecem a mesa dos brasileiros. Ele disse também estar trabalhando com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) regras para aumentar a segurança na emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), uma espécie de credencial para que um agricultor possa ter direito a acessar o crédito.