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Carlos Sperança

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Publicado: 02/09/2020 às 08h44
Atualizado: 02/09/2020 às 08h45

Barões da soja, servidores públicos e ‘ourosoçaite’ não querem ser confundidos com criminosos

As doenças respiratórias Sinais que vêm da Alemanha apontam dificuldades quase insuperáveis para a ratificação do acordo de livre..

As doenças respiratórias

Sinais que vêm da Alemanha apontam dificuldades quase insuperáveis para a ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. A causa é o desmatamento na floresta amazônica. Ambientalistas saíram recentemente de reunião com a líder alemã, Ângela Merkel, comemorando sua rejeição ao acordo. No entanto, em política a expressão “quase insuperáveis” deixa margem a negociações. “Quase” está mais próximo do “não”, mas não descarta aproximação com o “sim”.

O que não funciona, se existe a real intenção de que a União Europeia em peso ratifique o acordo com o Mercosul, é negar o óbvio e dizer que tudo vai bem na Amazônia. Narrativas, ofensas ou ironias de zap podem até funcionar aqui dentro, mas não servirão para convencer o governo alemão de que tudo está bem. Nem tudo está perdido, mas requer objetividade, compromisso e ação firme e concreta, sem evasivas ou caneladas.

É hora da política com P maiúsculo, em que discurso e ação se casam sem deixar dúvidas. Narrativas, jeitinhos, tergiversações e negacionismo não têm como convencer sequer as mais de duas mil pessoas – inclusive 500 bebês – internadas por conta de doenças respiratórias produzidas ou agravadas pela fumaceira das queimadas. Dona Ângela nem sentiu esse cheiro de queimado e já está hesitante. O que seria capaz de convencê-la? Essa é uma tarefa para políticos e diplomatas de qualidade.

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É coisa de louco !

Depois que foi descoberto – e confirmado! – que grandes traficantes e baitas criminosos do colarinho branco estão morando em condomínios de luxo para não serem molestados, os vizinhos começam a ficar desconfiados a cada nova mansão construída  nestas bandas, algumas cinematográficas. Os barões da soja e a turma do ourosoçaite e funcionários públicos do alto escalão não querem ser confundidos com o pessoal do crime organizado e com os novos “ricos” que estão aparecendo por conta de tanta propina que rola na terrinha.

Faltariam vagas

Se a justiça fosse a fundo para prender tantos foragidos perambulando em Porto Velho – estima-se em mais de 2 mil mandados de prisão – não haveria vagas suficientes nos presídios rondonienses. E se a Polícia Civil fosse prender os vendedores de papelotes de maconha, cocaína e crack na capital rondoniense, a situação dos presídios entraria em colapso, já que são milhares, a coisa é como enxugar gelo. Prende um e aparece logo mais dois para ocupar o posto do cara que foi preso.

Nas capitais

Alguns prefeitos das capitais seguem pontuando bem nas primeiras pesquisas eleitorais 2020. São os casos de Rafael Grecca (Curitiba), Nelson Marquezam (Porto Alegre), Bruno Covas (São Paulo). Se fosse candidato, porque já sinaliza desistência, o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves enfrentaria segundo turno com Leo Moraes (Podemos), no entanto ambos caminham para a desistência deixando o cenário local nebuloso.

As desistências

Por conta de alianças em andamento e novas avaliações do cenário político local teremos uma onda de desistências durante a semana e na próxima antecedendo as convenções partidárias. Ocorre que alguns dos 20 nomes lançados na verdade queriam ser vices de candidatos de ponteira, como Hildon Chaves (PSDB), Leo Moraes (Podemos) e Mauro Nazif (PSB), todos os três caminhando para a desistência do pleito de 15 de novembro.

Poder feminino

Três candidatas entram nas paradas das eleições municipais com chances de eleição, polarizando o pleito em Rondônia. Cristiane Lopes (PP) em Porto Velho, Glaucione Nery (MDB) a reeleição em Cacoal e Rosane Donadon (PDT) em Vilhena. Alguns municípios têm vocação para o matriarcado político, como em Cacoal onde duas mulheres polarizam a disputa, no caso Jaqueline Cassol (PP) contra a emedebista Glaucione.

Reduto firme

Outra característica interessante de Cacoal, a capital do café, é a de ser um reduto firme e tradicional do MDB. De lá já surgiram lideranças importantes como o senador Ronaldo Aragão, a prefeita Sueli Aragão (com grande desempenho) e o ex-governador Valdir Raupp nunca perdeu eleição por lá, nem nos momentos mais difíceis de sua carreira política só abalada com a derrota em 2018 na reeleição ao Senado. Mantendo o quadro, dificilmente Glaucione perde a reeleição por lá.

Via Direta

*** A nova empresa de transportes coletivos, a JTP já deu as caras e anuncia 143 ônibus bem equipados para atender a cidade de Porto Velho com cerca de 600 mil habitantes ***Uma tarefa inglória que até hoje as empresas concessionárias não deram conta do recado e as aglomerações e atrasos foram a marca do sistema na capital rondoniense nos últimos anos *** A nova empresa já é beneficiada por um reajuste da tarifa que vai para R$ 4.05 que é um preço médio em cidades do mesmo tamanho e população como a de Porto Velho *** Trocando de saco para mala: as exigências ambientais devem travar ainda mais a construção da Usina Hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste *** Os políticos já falam na construção de uma ponte binacional com a Bolívia em Costa Marques, mas  a de Guajará Mirim aguardada a mais de 30 anos ainda nem saiu do papel.