Um deslizamento de terra aconteceu na área de extração mineral de Bom Futuro, localizado a 90 km de Ariquemes(Foto: Gustavo Rebouças/Diário da Amazônia)
Três homens morreram e um ficou ferido depois de um deslizamento de terra na área de extração mineral no Distrito de Bom Futuro, localizado a 90 quilômetros de Ariquemes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 300 homens trabalhavam no local na hora do acidente. As causas estão sendo investigadas.
O soterramento vitimou Evanildo Perpétuo da Silva, de 30 anos, Enus Alves dos Santos, de 37, e José de Freitas Delmondes, de 51. Depois de ser atendido em Alto Paraíso, Adriano da Silva Roberto, de 24 anos, foi encaminhado para o Hospital Regional de Ariquemes com ferimentos leves e já foi liberado.
De acordo com testemunhas, um operador de máquina retroescavadeira que estava no local do acidente provocou o deslizamento de terra.
“Ele (o operador) devia ter feito a barreira reta, mas como ela estava em chapéu, a terra cedeu”, conta um dos garimpeiros. No local, uma barreira de cinco metros estava sobreposta à outra, também de cinco metros, mas o formato das barreiras não suportou o peso da terra. “Chapéu” é quando a parte superior de uma barreira é maior que a parte inferior. O operador fugiu do local.
Os trabalhadores que foram soterrados não tinham vínculo com nenhuma empresa. Todos eram de Bom Futuro.
Histórico
No dia 21 de novembro de 2013 duas pessoas morreram em uma mina de cassiteria em Itapuã do Oeste, distante 100 quilômetros de Porto Velho: Valniza Ferreira dos Santos, que tinha 42 anos, e George Carlos Ramos, de 20, foram vítimas de um desabamento de aproximadamente 50 metros de terra e lama na mineradora. Eles trabalhavam para a empresa ERSA – Estanho de Rondônia.
De acordo com a superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego em Rondônia, em dois anos foram registrados quatro acidentes em mineradoras que exploram cassiterita no estado. Em um deles, no garimpo Bom Futuro, seis trabalhadores morreram soterrados. O Ministério Público Federal aguarda relatório do MTE para tomar as devidas providências.
Por Gustavo Rebouças
