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Diário da Amazônia

BC adota regras mais duras contra lavagem de dinheiro

A ideia é apertar o cerco contra políticos que costumam usar o sistema financeiro para desviar dinheiro.

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Publicado: 24/01/2020 às 11h13min | Atualizado 24/01/2020 às 11h48min

O Banco Central publicou novas regras de prevenção à lavagem de dinheiro. A ideia é apertar o cerco contra os políticos e as pessoas politicamente expostas que podem usar o sistema financeiro para desviar dinheiro. E, por isso, amplia o rol de pessoas que devem ser submetidas a uma análise financeira especial.

Hoje, os deputados federais, os senadores e os seus parentes de primeiro graus já são submetidos a essa análise financeira especial, que pode notificar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a realização de movimentações suspeitas. Nos estados, porém, apenas os presidentes das assembleias legislativas e das câmaras municipais eram submetidos a essa análise. 

A nova norma do Banco Central inclui nesse sistema de prevenção à lavagem de dinheiro, portanto, os deputados estaduais, os vereadores e os parentes de até segundo grau de todos esses parlamentares. Membros de conselhos superiores também entraram na lista das chamadas “pessoas politicamente expostas”. Dezenas de milhares de pessoas passarão, então, a ter suas contas analisadas de forma mais detalhada.

A mudança faz parte da Circular nº 3.978 do Banco Central, que foi publicada quinta-feira (23) e entra em vigor em julho. A circular ainda determina que os bancos que operam no Brasil, sejam eles nacionais ou estrangeiros, tenham uma política específica para essa análise de risco. O diretor dessa área ainda terá a missão de aprimorar o contato com o Banco Central e com órgãos de inteligência financeira como o Coaf em caso de movimentações suspeitas.

Fonte: Correio Brasiliense



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