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Diário da Amazônia

Biólogos identificam caminhos que aumentam longevidade em 500%

A longevidade tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde têm garantido uma vida..

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Publicado: 13/01/2020 às 10h17min | Atualizado 13/01/2020 às 10h19min

A longevidade tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Os avanços na área da tecnologia e saúde têm garantido uma vida mais longa e em melhores condições. Apesar disso, ainda não são muitas as pessoas que conseguem passar da marca dos 100.

Viver mais tempo e envelhecer com saúde são dois grandes desafios enfrentados pela medicina e pela ciência. Grandes avanços já foram feitos, com anos a mais ganhados na expectativa de vida. Mas ainda se sabe muito pouco sobre o processo do envelhecimento.

Mas os cientistas podem ter feito uma grande descoberta. Mesmo que não tenha sido em humanos, os cientistas do Laboratório Biológico MDI (EUA), do Instituto Buck de Pesquisa em Envelhecimento e da Universidade de Nanjing viram os caminhos celulares para a longevidade. E conseguiram ampliar a expectativa de vida dos vermes C. elegans em cinco vezes.

Os cientistas escolheram esse verme porque ele é bastante usado como modelo, nas pesquisas sobre o envelhecimento. Isso porque tais criaturas compartilham vários genes com os humanos.

E por terem uma expectativa de vida bem curta, entre três e quatro semanas, fazem com que fique mais fácil de os pesquisadores verem os efeitos das intervenções genéticas e ambientais na longevidade. E os genes já tinham sido estudados, em outras análises anteriores.

Descobertas

“Apesar da descoberta de vias celulares que governam o envelhecimento em C. elegans, não tinha ficado claro, como essas vias interagiam. Ao ajudar a caracterizar essas interações, nossos cientistas estão abrindo caminho para as terapias necessárias para aumentar a expectativa de vida de uma população que envelhece rapidamente”, disse Hermann Haller, presidente do Laboratório MDI.

Para fazer o estudo, os cientistas modificaram geneticamente as vias de sinalização da insulina e da proteína TOR, nos vermes estudados.

Os cientistas já sabiam que a alteração das vias da insulina faziam com que acontecesse um aumento de 100%, na vida útil dos vermes. E que a proteína TOR aumentava 30%. Com essas porcentagens, o que os pesquisadores esperavam era que os C. elegans modificados tivessem 130% de longevidade a mais.

Estudo

Mas para a surpresa da equipe, os vermes viveram 500% de tempo a mais. Se colocado nos seres humanos, isso representaria viver até os 400 ou 500 anos.

“O efeito não é um mais um é igual a dois, é um mais um é igual a cinco. Nossas descobertas demonstram que nada na natureza existe no vácuo. Para desenvolver os tratamentos antienvelhecimento mais eficazes, precisamos olhar para as redes de longevidade e não para caminhos individuais”, disse Jarod A. Rollins, do MDI.

Aplicação

Com essa descoberta, pode ser que terapias anti envelhecimento, combinadas, sejam mais eficientes. Cada uma delas vai afetar um caminho celular diferente. O mesmo que alguns tratamentos contra o câncer e HIV já fazem hoje.

Essa interação sinérgica pode explicar porque os cientistas não conseguiram identificar o gene responsável pela longevidade.

A pesquisa feita se concentra em saber como a longevidade é regulada nas mitocôndrias, que são as organelas da célula, responsáveis pela homeostase energética. E nos últimos dez anos, a junção de evidências sugeriu um vínculo casual entre desregulamentação mitocondrial e envelhecimento.

FONTE: Fatos Desconhecidos



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