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Diário da Amazônia

Bolsonaro não sabe lidar com situações de crise

Respostas ríspidas e depreciativas têm sido frequentes no cotidiano do presidente.

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Publicado: 11/01/2020 às 07h20min

Além de não admitir ser contrariado em seus posicionamentos, o presidente Jair Bolsonaro também deixa evidente que não sabe lidar com situações de conflitos. Respostas ríspidas e depreciativas têm sido frequentes no cotidiano de Bolsonaro, que precisa urgentemente de uma assessoria específica que lhe ensine como agir diante de cenários complicados e adversos. Como Chefe Máximo da Nação, ele deve estar ciente de que continuará sendo bombardeado por indagações sobre fatos que acontecem no país e, principalmente, ao seu redor. É óbvio que a imprensa insistirá na pressão ao presidente porque busca informações para transmiti-las ao público. Se formos analisar medidas e decisões que normalmente são revistas ou descartadas, podemos deduzir que o presidente ainda precisa aprender muito sobre gestão. Por não saber conter-se diante dos problemas sob sua administração, Bolsonaro tem sido criticado, apesar de, na maioria dos casos, estar buscando acertar. Ele normalmente costuma ser descortês quando o assunto está relacionado aos seus filhos, aliás, pedras pontiagudas no sapato do presidente. Apesar de tudo, o governo de Jair Bolsonaro tem suas virtudes. Críticas fazem parte do sistema democrático e da liberdade de expressão, mas precisam ser feitas com respeito e ética. Ainda dá tempo para o presidente aprender a lidar com situações de conflitos. Basta querer.

Aeroporto

O Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira, em Porto Velho, deve mesmo ser privatizado neste ano. Pelo menos é o que anunciou o governo federal, ao projetar para o quarto trimestre de 2020 o leilão de aeroportos de cidades da região Norte. No mesmo bloco serão leiloados aeroportos do Acre, Amazonas e Roraima. Depois de várias tentativas de transformar o aeroporto da Capital numa referência para impulsionar o turismo no Estado, resta aguardar o que realmente acontecerá com os leilões de privatização.

Terminal

Investimentos para a construção de um novo Terminal Rodoviário em Porto Velho continuam sendo uma grande incógnita. Em sua gestão, o ex-prefeito Roberto Sobrinho bem que tentou realizar a obra, mas esbarrou na falta de parcerias. O ex-governador Confúcio Moura disse, pelo menos teoricamente, que havia disponibilizado recursos da ordem de R$ 50 milhões para a obra e que caberia à prefeitura definir o local. Dias atrás, o prefeito Hildon Chaves desmentiu a informação, dizendo que nem um tostão foi disponibilizado pelo Estado. O problema continua e quem perde é a cidade. Infelizmente.

Indústria

A venda de veículos novos deve registrar, neste ano, um aumento de 9,4%. É o que estima a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Mas, no tocante às exportações a expectativa não é das melhores, com projeção de queda em 2020. A Anfavea também destaca a questão de empregos. De 2018 para 2019, a baixa na produção e nas vendas provocou um encolhimento de 3,7% nas vagas, mas existe otimismo para este ano.

Liderança

O desempenho da mulher no agronegócio tem sido tão marcante que eventos específicos nesse segmento do mercado de negócios evidenciam a liderança feminina numa área que exige um preparo diferenciado, mas que atesta que elas chegaram para fazer a diferença. Em Rondônia, como em todos os demais Estados brasileiros, lideranças femininas também começam a projetar-se no agronegócio. É uma tendência natural.

Mudanças

Projeto de Lei em tramitação na Câmara dos Deputados altera a legislação vigente para que as pessoas sejam consideradas idosas a partir dos 65 anos de idade, e não mais 60. O texto altera o Estatuto do Idoso e a Lei 10048/00, que trata da prioridade de atendimento. Caso o projeto seja aprovado pela Câmara, o Estatuto do Idoso passará a regular os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.



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