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Bolsonaro recua e separa de novo Agricultura e Meio Ambiente

Presidente eleito disse que, 'pelo que tudo indica, serão dois ministérios distintos';

Publicado: 01/11/2018 às 16h21
Atualizado: 01/11/2018 às 16h22

Em coletiva a emissoras católicas, o presidente eleito Jair Bolsonaro, do PSL, disse que a fusão dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, “pelo que parece, será modificada”.

Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro 25/10/2018 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

“Pelo que tudo indica, serão dois ministérios distintos”, declarou. “Pretendemos proteger o meio ambiente sim, mas não criar dificuldades para o nosso progresso”, afirmou, dizendo que a concessão de licenças ambientais pode levar “dez anos ou mais”.

Bolsonaro disse ainda que, se mantiver Ministério do Meio Ambiente, a pasta será comandada por “alguém voltado para a área, sem ser xiita”. A expressão é a mesma usada por ele na semana passada, quando em transmissão ao vivo para redes sociais havia dito que poderia desistir da fusão do órgão com a Agricultura.

Para o presidente eleito, o País é o que “mais protege” o meio ambiente. “O que a gente defende é que não criar dificuldade para o nosso progresso”, comentou.

Na quarta-feira, 31, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, havia sinalizado que a fusão não estava certa. “O presidente ainda não bateu o martelo”, afirmou Onyx. O anúncio da fusão causou protestos na Frente Parlamentar da Agricultura, a chamada bancada ruralista, que vê a ideia com desconfiança. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticou a decisão, avaliando que ela trará prejuízos ao agronegócio, muito cobrado pelos países da Europa pela preservação ambiental.

Especialistas da área ambiental afirmam que a fusão é ruim para ambas as pastas, com risco de perdas irreparáveis para a conservação e uso sustentável do patrimônio natural do País.

Por Estadão Conteúdo

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