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Editorial

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Publicado: 18/07/2019 às 10h34min | Atualizado 18/07/2019 às 10h40min

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Bons e maus madeireiros e a busca de alternativas

A vinda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, à Rondônia para conhecer a situação dos madeireiros em Espigão do Oeste, mostra..

A vinda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, à Rondônia para conhecer a situação dos madeireiros em Espigão do Oeste, mostra um momento diferente para a política ambiental no Brasil. O próprio ministro falou que todas as questões da pauta ambiental estão sendo consideradas e avaliadas sem dogmas. Em outras palavras, o ministro deu sinal de que as autuações serão mais flexíveis, levando em conta questões como cadeia econômica. Pelo visto, a indústria madeireira será tratada de uma maneira diferente, sem o rigor generalizado.

Rondônia faz parte do Arco do Desmatamento, região muito visada pela exploração madeireira ilegal, e também muito controlada e fiscalizada pelas instituições públicas. O maior problema para a Amazônia brasileira tem sido a ação freqüente de extração de madeira sem planos de manejos, o que não garante a sustentabilidade e coloca em risco o ecossistema. Outro problema recorrente é a extração também ilegal em áreas de preservação e terras indígenas. Essas áreas são preservadas por Lei e sofrem freqüentes invasões.

Como em todo segmento de negócio existem os bons e maus que atuam no mercado. No setor madeireiro exitem, sim, muitas empresas sérias que atuam de forma responsável , até mesmo porque pretendem continuar na atividade. Sem matéria prima estarão sujeitas a parar com suas atividades. Esses empreendimentos utilizam de planos de manejo que garantem a exploração de forma correta e garante para gerações futuras a continuidade do ciclo de produção.

Existem também as madeireiras clandestinas que não possuem qualquer tipo de responsabilidade com o negócio e com a sustentabilidade da matéria prima. São aventureiros que estão na atividade enquanto puder levar vantagem. Esses acabam prejudicando o meio ambiente, o setor empresarial e compromete até o meio de vida. A esses deve ser aplicado o rigor da lei. São daninhos ao sistema econômico e ambiental.

Quando a atividade madeireira é executada de forma correta, com planos de manejos, geram importantes valores econômicos e ambientais. Rondônia tem os dois tipos de atuação que podem ser comprados e trabalhados de forma a conter qualquer abuso. Atuações empresarias positivas e bem feitas podem ser ampliadas e beneficiar a cadeia econômica e ambiental, bastando apenas equiparar, de um lado o rigor da lei para os maus, e de outro lado o rigor na eficiência para garantir o ciclo de negocio por longos anos.


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