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Diário da Amazônia

Burocracia pode facilitar a corrupção, diz presidente do STF

A presidente do STF também listou a falta de transparência e de abertura do poder público como fatores que impulsionam práticas criminosas.

Por Diário do Poder
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Publicado: 23/05/2018 às 16h05min | Atualizado 23/05/2018 às 16h06min

A ministra Cármen Lúcia destacou o princípio da moralidade (Foto: Divulgação)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou ontem que o excesso de burocracia estatal é um facilitador da corrupção. “Quando há excesso de burocracia, haverá mais instâncias, gavetas para que se guardem os pedidos e pleitos. Muitas vielas por onde podem passar os comportamentos públicos”, disse a ministra.

A presidente da Corte Suprema também listou a falta de transparência e de abertura do poder público como fatores que impulsionam práticas criminosas no Estado. “Quanto maior a transparência, menores as chances de corrupção. A sombra é uma facilitadora desta prática”, disse a ministra, acentuando a necessidade de os gastos e funções públicas serem informados.

Durante seminário sobre ética e corrupção, no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, a ministra também defendeu uma legislação repressiva e dura para que “as pessoas tenham medo de praticar a corrupção”. “É preciso adotar formas de prevenção à corrupção sistematicamente. Corrupção nem sempre passa recibo. Digo nem sempre porque agora tem-se muitas demonstrações de atos espúrios que precisamos combater”, disse a ministra. “O princípio da moralidade exige estruturas combativas, preventivas e de repressão. A corrupção é um crime de razão, premedita-se, quer-se, programa-se, e aí se tem a corrupção. Prática tem que ser devidamente punida”, afirmou Cármen.



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