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SAÚDE

Cada dia sem distanciamento social prolonga pandemia em 2,4 dias

Estudo reitera a importância da medida no controle da disseminação pelo mundo do novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19

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Publicado: 04/06/2020 às 15h04min

© DR

Conforme publicação da revista Galileu, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, revela que por cada dia passado sem distanciamento social numa região específica prolonga em 2,4 dias a pandemia da Covid-19.

Para efeitos da pesquisa, os cientistas avaliaram os surtos do SARS-CoV-2 em 58 cidades chinesas. Tendo em conta o momento em que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 nesses locais, a data em que foram colocadas em prática medidas de distanciamento social e o momento em que o surto ficou finalmente sob controle.

“Todos os dias economizam tempo, economizam esforço, salvam pessoas infectadas e provavelmente salvam vidas”, afirmou num comunicado emitido à imprensa Lauren Ancel Meyers, coautora do estudo.

“Tal informação é particularmente importante para pensarmos nas próximas semanas e meses”.

Segundo os pesquisadores americanos os dados apurados são válidos tanto para lugares que ainda estão a passar os primeiros surtos de coronavírus, como naqueles que estão vivendo uma segunda onda da doença ou que poderão passar por essa realidade em breve. Aliás, os acadêmicos consideram que aguardar uma semana após voltarem a surgir novos casos de Covid-19 numa comunidade, pode requerer 17 dias adicionais de distanciamento social de modo a atenuar a disseminação do vírus.

“O impacto desses ‘atrasos’ pode ser particularmente importante para comunidades propensas à transmissão rápida, como casas de repouso, universidades, escolas e prisões”, alertou o pesquisador Spencer Fox.

“Necessitamos de planos concretos para quando e como responder a casos crescentes [da doença] e evitar restrições desnecessariamente longas e dispendiosas”, disse.

Lauren Ancel Meyers acrescentou: “fornecemos evidências diretas, baseadas em dados concretos, de que o momento das intervenções tem um impacto substancial na duração e gravidade do surto”.

Atualmente o estudo realizado pela Universidade do Texas está sendo avaliado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e será brevemente publicado na revista Emerging Infectious Diseases.

Fonte: Notícias ao Minuto



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