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Diário da Amazônia

Cai o consumo de carne em Rondônia

O mês de abril está fechando em Rondônia com uma queda no consumo de carne bovina variando entre 15 e 20 por cento conforme o resultado..

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Publicado: 03/05/2020 às 06h00min

O mês de abril está fechando em Rondônia com uma queda no consumo de carne bovina variando entre 15 e 20 por cento conforme o resultado de um levantamento apresentado pelo empresário do ramo de frigorífico Leonel Bertolin. Segundo ele, a tendência é que o consumo da carne bovina continue caindo no estado tendo em vista que os consumidores estão mudando o hábito substituindo as carnes nobres por produtos de menores preços. Outra constatação no mesmo levantamento revela que frango, suíno e peixe também estão com os valores e o consumo em queda, acentuando por outro lado consumo de ovos.

As exportações em ritmo normal

Para o empresário Adélio Barofaldi, o ritmo das exportações dos principais produtos do agronegócio em Rondônia, soja, carne e milho continuam em ritmo normal, mas é preciso “que se tenha cuidado com as noticias falsas uma vez que o mundo está entupido de petróleo e os produtores não têm para quem vender”. É verdade, Rondônia e Brasil produzem alimentos, por isso é necessário cuidado neste momento de coronavirus.

Socorro aos pequenos

O Banco do Brasil dispõe em Rondônia de recursos da ordem de R$ 200 milhões para financiar agricultura familiar nos meses de maio e junho. De acordo com o superintendente da instituição no estado mais de R$ 150 milhões em proposta já estão internalizadas no banco com as linhas de crédito para custeio agrícola e pecuária. De janeiro até o BB já liberou o montante de R$ 400 milhões para custear o agronegócio no estado. Em síntese em época de coronavirus não pode faltar recursos e incentivos para a produção de alimentos.

Carência aos grandes e pequenos

Com linhas de créditos voltadas aos produtores rurais, indústria e comércio, pequenos e médios empresários o Banco da Amazônia está ampliando o período de carência aos clientes que podem alcançar de seis meses, até 2021. Na realidade, o objetivo é estender condições aos produtores rurais e empresários, neste momento crítico para que possam continuar desenvolvendo suas atividades, conforme frisa o superintendente do BASA em Rondônia Wilson Evaristo, revelando que todas as agências estão à disposição para orientar e informar seus clientes sobre os períodos e condições desta carência. Tudo por que o coronavirus, pelo visto não dará trégua tão cedo.

Perde e ganha

Nem durante a recessão de 1930, pelo menos não há registro na história, o mundo enfrentou tantas dificuldades econômicas e sociais. Nesta batalha contra um adversário invisível, em que técnicos e cientistas ainda não descobriram uma arma eficiente para combatê-lo, levam vantagem as nações que produz alimentos. Perdem os produtores de petróleo e manufaturados, afinal de contas o coronavirus não respeita fronteiras e muito menos apresenta ideologia política, ele surgiu para destruir vidas.

Turbulências

Neste momento de turbulências que enfrenta o Brasil, queiram ou não, de uma maneira ou de outra, o agronegócio tem uma participação importante, por isso para o estado de Rondônia, o olhar atento das grandes instituições financeiras ao destrancar cofres facilitando a vida de quem produz no campo é mais do que justificável. O campo sempre foi, e, continuará sendo a muleta que apoia o Brasil nos momentos de crises.

Finalizando

Diante dos arranca-rabos políticos em que cada um dos figurantes quer a parte maior do bolo, faz lembrar a ausência de lideranças como Getúlio Vargas e Juscelino Kubistchek. Boa leitura e bom final de semana.



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