A Caixa Econômica Federal liberou nesta sexta-feira (29) o pagamento para mais um grupo de trabalhadores que queiram sacar até R$ 500 do FGTS.
O saque vale para todo trabalhador que tem conta do FGTS ativa ou inativa. O limite de retirada é de R$ 500 por conta. Luís Carlos nem pensou duas vezes. Tirou o dinheiro e deixou as contas em dia.
“O brasileiro sempre tem muitas contas para pagar e veio num momento bom onde se está precisando de qualquer ajuda financeiramente. Falando por mim, veio num momento bom”.
Os saques começaram em setembro. Para quem tem conta poupança na Caixa, os R$ 500 já saíram do FGTS e foram depositados na poupança. Foi automático. Se o trabalhador não quiser sacar o dinheiro ou deixar na poupança, tem que pedir a devolução para a conta do FGTS. Isso pode levar até 60 dias.
Foi o que o Almir fez. Decidiu não mexer no fundo e pediu para o dinheiro voltar para a conta dele no FGTS.
“Às vezes, sei lá, numa demissão pode fazer falta no meu orçamento. Então eu achei melhor não sacar”.
Quem tem conta corrente na Caixa precisa pedir, pela internet, para o dinheiro ser depositado na conta corrente. Para quem não tem conta na Caixa, foi feito um calendário específico a partir do aniversário do trabalhador. As datas de liberação do dinheiro vão até dezembro. Nesta sexta-feira (29), começou o pagamento para quem nasceu em agosto.
Todos os trabalhadores que quiserem sacar os R$ 500 poderão fazer isso até 31 de março de 2020. Mas ninguém é obrigado a retirar esse dinheiro.
Se quem não tem nem poupança nem conta corrente na Caixa consultar o saldo do seu FGTS e aparecer que esses R$ 500 não estão na conta do fundo, é porque o valor já está liberado para o saque.
Caso não queira retirar esse valor, pode ir a uma agência da Caixa e pedir que o dinheiro volte para a conta do FGTS. A devolução é feita no dia seguinte. Se não fizer nada, os R$ 500 voltam para o FGTS, a partir de abril de 2020, segundo a Caixa, corrigidos.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que sacando ou não esse dinheiro do FGTS, o trabalhador não perde nada, ou seja, mesmo que a opção seja esperar que o recurso volte para a conta do FGTS em 2020, o valor vai ser corrigido.
“Não existe nenhuma perda para nenhum trabalhador se não houver o resgate. Será sempre remunerado pela mesma taxa, TR mais 3%, do FGTS. Isso é muito importante. Segundo ponto: se você não pede para ter o resgate, esse resgate será automático a partir do dia 31 de março de 2020. Então, ninguém precisa se preocupar de esquecer. Não pediu, ele volta automaticamente e, muito importante, com a remuneração integral do FGTS”.
E pegar esse valor não impede o saque do saldo total do Fundo de Garantia se o trabalhador for demitido sem justa causa, se aposentar ou se quiser usar o FGTS para comprar um imóvel, por exemplo.
Fonte: Jornal Nacional
