Iniciou ontem a retirada dos veículos que foram soterrados no acidente ocorrido no terminal portuário, às margens do rio Madeira, no sábado, dia 13 de agosto. A Defesa Civil aprovou o plano de contingência apresentado na última quinta-feira pela empresa Emam, que operava no porto. O Ibama ainda está analisando o plano e verificando se soluciona todas as questões ambientais. O trabalho está sendo feito por terra utilizando uma área atestada por geólogo como segura, e não tem previsão de conclusão.
Todo o procedimento de retirada dos equipamentos do local está sendo realizado de forma segura e com acompanhamento de auditor-fiscal do trabalho. “Estamos monitorando o serviço que está sendo executado pelos trabalhadores. Para verificar se estão em situação de segurança. Eles vão construir uma espécie de rampa e vai ter uma rota de fuga, que terá análise de engenheiro para ver se o solo está estável”, informou Juscelino José Durgo dos Santos, chefe do núcleo de segurança e saúde do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia.
O embargo realizado anteriormente se motivou pelas obras que os trabalhadores estavam executando, de contenção do produto químico, que derramou no acidente. “O produto é basicamente asfalto, embargamos a obra de contenção do asfalto que estava sendo feita para que o material não fosse lançado no rio. A condição de trabalho não era segura, porque podia ter novos deslizamentos e os trabalhadores poderiam ser levados,” explicou Juscelino.
Com auxílio da Defesa Civil, começou na manhã de hoje o trabalho de retirada de 15 caminhões e veículos que estão localizados em uma área que desbarrancou próximo ao rio Madeira, em Porto Velho. O processo de retirada está sendo conduzido por uma empresa contratada e é fiscalizado por técnicos do Ministério Público Federal e Estadual.
Entenda o Caso
O acidente aconteceu no porto de operações LP Moreira de Luna, no bairro Triângulo na capital, envolvendo 15 caminhões, uma caminhonete e uma moto, que continuam soterrados desde então. O prazo para apresentação do plano de contingência e retirada dos veículos expirou na sexta-feira passada. A empresa Cerne Ambiental é quem está fazendo o projeto para execução dos trabalhos, mas não repassou nenhuma informação. A empresa que atua no porto foi notificada pelo Ibama para prestar esclarecimentos e documentação, mas solicitou prorrogação do prazo, que venceu ontem.
O Ibama notificou o empreendimento para apresentação de documentos, e o prazo de envio expirou ontem. “Solicitamos os licenciamentos, informações do acidente e as medidas adotadas para contenção dos produtos químicos”, frisou Renê Luiz de Oliveira, superintendente do Ibama. A empresa entrou com um pedido de prorrogação do prazo. “O risco de contaminação é grande sim porque ainda tem veículo lá, parece que aumentou o risco de desabamento. Já foi feita a barreira de contenção. A nossa maior preocupação é que não haja maiores danos ambientais”, declarou.