Porto Velho/RO, 25 Março 2024 17:28:21
VARIEDADES

Caminhos de Clarice Lispector pelo RJ é tema do livro de biógrafa

A obra de Teresa Monteiro é o resultado de uma década de pesquisas sobre os trajetos que a autora percorreu pela capital fluminense

Por Revista Cláudia
A- A+

Publicado: 24/10/2018 às 12h19min | Atualizado 24/10/2018 às 12h24min

Foto: Daniel Ramalho

Tudo começou com ‘Laços de Família’. Ao ler o livro pela primeira vez, aos 15 anos, Teresa Montero ficou intrigada com a escrita de Clarice Lispector. Mas o “golpe fatal”, usando as palavras dela, só veio mais tarde. “Eu cursava letras quando a professora de filosofia recomendou um trecho de A Paixão Segundo G.H. Foi aí que me encantei definitivamente”, lembra Teresa, biógrafa de Clarice, que há 28 anos se dedica a divulgar o legado da escritora modernista.

Neste mês, ela lança O Rio de Clarice – Passeio Afetivo pela Cidade, que talvez seja seu projeto mais ambicioso. A obra é o resultado de uma década de pesquisas sobre os caminhos que a autora percorreu pela capital fluminense a partir de 1935, começando pelo bairro da Tijuca e terminando no Leme.

CLAUDIA: Como foi feita a seleção dos locais destacados no livro?
Teresa: Considerei o itinerário biográfico relacionando-o ao literário para criar esse roteiro. Cada bairro tem algo que marca sua passagem. São lugares onde Clarice fez amigos, estudou e trabalhou, constituiu sua família e escreveu seus livros.

CLAUDIA: Você diz que Clarice abriu caminhos em sua vida. Em que aspectos?
Teresa: Passei a ter uma percepção mais ampla de coisas essenciais na vida e encontrei uma fonte inesgotável de conhecimento espiritual. Influenciada por ela, também comecei a andar pela minha cidade de outra forma, com mais responsabilidade. E o Rio de Janeiro que descobri é o que tento mostrar ao público neste livro.

CLAUDIA: Que lugar representa melhor a personalidade dela?
Teresa: O Jardim Botânico, sem dúvida. É citado em várias crônicas e cenário de seu conto Amor. Era lá que ela amava escrever, passear e “ficava sendo”, como gostava de dizer.

 



Deixe o seu comentário