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Diário da Amazônia

Candidatos, cadê as propostas para o agronegócio?

Os candidatos a Presidência da República, independente de sigla partidária, ainda não apresentaram propostas de governo consistentes..

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Publicado: 15/08/2018 às 17h07min | Atualizado 15/08/2018 às 17h35min

Os candidatos a Presidência da República, independente de sigla partidária, ainda não apresentaram propostas de governo consistentes voltadas para o agronegócio. Uns estão preocupados com os escombros da ditadura que morreu de velha por falta de eficácia, outros com Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso por corrupção, continuam com as batidas cantilenas de sempre. Para agricultura e pecuária, até agora nada que desperte atenção de quem produz para saciar a fome, inclusive dos candidatos.

Isso é preocupante, pois a cada dia, aumenta o número de bocas que necessitam de alimentos, tanto no campo quanto nos perímetros urbanos. Ao que tudo indica, os candidatos não estão nem aí para quem produz no campo, diga-se de passagem a base para economia de qualquer nação desenvolvida. Os discursos demagógicos e paternalistas de candidato da direita, da esquerda e de centro e daqueles que nem posição política representa, devem ser vistos com reticências.

É verdade que o Brasil, pelos mais diversos fatores, principalmente educação, sente a ausência de nomes com peso político para pleitear junto ao povo, o voto de confiança para liderar com equilíbrio o destino de homens e mulheres livres. Um candidato que tenha visão longa de que as crises sociais e econômicas só poderão ser superadas com uma pujante produção no campo, onde os pequenos, grandes e médios produtores rurais estejam felizes e satisfeitos ainda não se apresentou.

Sem essa visão progressista, o Brasil, principalmente a região Norte, Rondônia com 6,2% e Pará 4,3% liderando as exportações de carne bovina ao lado do gigante Centro-Oeste que juntos venderam para o mundo 134.680 toneladas do produto nos primeiros seis meses de 2018, representando 38,4% de tudo que o Brasil exportou, continuará exposto à falta de uma política consistente para o setor produtivo.

Tem mais: 40% da produção de grãos são oriundos da região Norte e Centro-Oeste superior a 88 milhões de toneladas. Será que nada disso abala os sentimentos patrióticos de nenhum dos candidatos que preferem ficar trocando ofensas e achincalhes, do que se preocupar com as questões do agronegócio, que movimenta dezenas de atividades gerando emprego e rendas?

Agricultura e pecuária em nações desenvolvidas são programas de governos de longo prazo, ficando distantes das querelas políticas. Onde existe agronegócio forte com legislação clara e específica oferecendo garantias de preço e infraestrutura ao produtor rural, as demais questões naturalmente se acomodam, segurando, inclusive a temerosa inflação, que surge com mais ferocidade quando existe o desabastecimento.



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