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Capital foca autismo em seminário de capacitação

Objetivo do evento é capacitar professores que atuam com alunos autistas na capital.

Publicado: 31/10/2018 às 10h00

Foto: Sara Cicera – Diário da Amazônia

A Secretaria Municipal de Educação (Semed), visando melhorar o acolhimento e a inclusão de alunos autistas na escola regular, junto ao Departamento de Políticas Educacionais (DPE) e Divisão de Formação (Difor), está promovendo o primeiro Seminário de Autismo da Rede Municipal de Porto Velho com a temática “Autismo: construindo conceitos e práticas na educação inclusiva”.

De acordo com a coordenadora da Educação Especial na Divisão Especial (Diees), Neide do Nascimento, a proposta é capacitar os profissionais da educação que atuam com os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Cerca de 300 professores participarão dois dias de Seminário.

“Nós temos várias categorias de profissionais que estarão reunidos neste primeiro seminário de autismo: os cuidadores, auxiliares, o professor da sala de recurso multifuncionais e os professores das salas de aula regular. Esse é o primeiro de muitos seminários que virão, não somente na área de autismo, mas vamos estender para outras necessidades especiais como a auditiva e intelectual”, disse.

A Semed verificou a necessidade em realizar o evento a partir da Política Nacional de Educação Especial Inclusiva e a legislação educacional vigente no país que garantem à pessoa com autismo o direito à educação inclusiva escolar. Segundo a secretária-adjunta Gláucia Negreiros, hoje a Rede Municipal de Porto Velho serve de modelo para a rede privada do município, levando em conta o grande investimento no atendimento a essas crianças com autismo.

“Nós temos as nossas escolas e todas recebem essas crianças. Temos muitos profissionais que atuam diretamente e a nossa competência enquanto secretaria de educação é proporcionar educação para esses profissionais para que eles possam desenvolver seus trabalhos da melhor maneira e atender às nossas crianças para que elas tenham bons resultados”, comentou.

O município tem hoje em média, cerca de 250 profissionais que trabalham na sala de recursos e na sala de aula regular. Mais de mil crianças com necessidades especiais são atendidas pelo Município. Gláucia ainda informou que hoje é repassado para os profissionais de educação que trabalham com a educação especial uma gratificação.

“O professor recebe um auxílio de 1,2 mil para ser cuidador dessas crianças e tem uma gratificação de R$ 700 para profissionais que também desenvolvem essa atividade de cuidador. O prefeito Hildon Chaves tem investido nessa política de educação especial junto ao secretário César Licório fazendo a formação continuada e investindo também na remuneração desses professores”, explicou.

Para a diretora do Departamento de Políticas Educacional (DPE), Juliene Rezende, o seminário foi pensado para melhorar a capacitação e preparação dos professores. “A secretaria tem se preocupado com essa área e todas as dificuldades que são apresentadas. É na escola onde nossos alunos estão sendo atendidos, então, pensando nisso, nós temos criado essa política de formação da Rede Municipal, visando na qualidade da aprendizagem de nossos alunos”, disse.

Professora há mais de 20 anos, Maria da Conceição trabalha em uma sala de aula regular e atende um aluno autista. Segundo ela, antigamente não existiam essas formações e hoje percebe uma evolução muito grande tanto para a criança que está recebendo esse profissional quanto para o professor.

“Eu sei que é difícil fazer ele acompanhar os conteúdos perante os demais colegas, mas eu tenho um olhar diferenciado para ele, e tenho o cuidado com aquelas atividades que são transmitidas para ele. Eu tento amenizar para que ele possa sentar e ter esse momento de interação e inclusão junto com os outros. Temos que ter uma sensibilidade, eu faço de tudo para ele entender e participar das atividades lúdicas de todo o processo de sala”, contou.

Graduado em educação física e especialista em educação especial, o professor Daniel Braga informou que o evento é muito importante para fazer a troca de informações junto com os palestrantes e tirar dúvidas. “Temos que procurar buscar o conhecimento primeiro e tentar de alguma forma auxiliar esse aluno. As dificuldades dos alunos normais já são grandes e as de um aluno especial são muito maiores e essa é a nossa preocupação”, disse. O seminário começou ontem e será encerrada na tarde de hoje.

Por Sara Cicera Diário da Amazônia

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