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PLANTÃO DE POLÍCIA

Casal que mantinha filhos em cativeiro terá prisão perpétua

David Turpin, de 57 anos, e Louise Turpin, de 50, deverão ser condenados à prisão perpétua na Califórnia, nos EUA. O casal confessou o..

Por Extra Online
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Publicado: 22/02/2019 às 16h54min | Atualizado 22/02/2019 às 17h00min

Foto: Riverside County Sheriff’s Department

David Turpin, de 57 anos, e Louise Turpin, de 50, deverão ser condenados à prisão perpétua na Califórnia, nos EUA. O casal confessou o crime e se declarou culpado nas 14 acusações, que incluem abuso e tortura contra 12 de seus 13 filhos, nesta sexta-feira. Os dois já haviam sido presos em janeiro do ano passado, depois que um de suas filhas que era mantida em cativeiro conseguiu fugir e denunciou o caso à polícia.

O casal, que recebeu a alcunha de pais da “casa do horror”, recebeu 14 acusações pelos crimes de tortura, confinamento e abuso dos próprios filhos. Eles, com idades entre três e 30 anos, também sofreram agressões e foram mantidos em cativeiro desnutridos — era permitido apenas um banho por ano, além de nunca irem ao médico. A residência dos Turpin fica localizada em Perris, a cerca de 95 quilômetros de Los Angeles.

O advogado do condado de Riverside, onde corre o processo, Michael Hestrin disse que, com a confissão dos Turpin, eles serão sentenciados ao máximo que a lei da Califórnia permite. Ressaltou que esse foi “um dos piores casos de abuso infantil que já viu em sua carreira”.

Ele afirmou ainda que buscou evitar que as vítimas testemunhassem no tribunal. Os 13 irmãos estão sob os cuidados de autoridades do condado. Hestrin relatou que esteve com os filhos do casal.

— Encontrei-me com todas as vítimas dias atrás, incluindo a criança de três anos. Fiquei bastante cativado por seu otimismo, esperança no futuro e a vontade de viver — disse ele.

Relembre o caso

A família vivia em uma casa na cidade Perris, localizada no condado de Riverside. Uma das vítimas, Jordan Turpin, então com 17 anos, conseguiu escapar por uma janela e, com um aparelho celular, conseguiu acionar a emergência.

Na ocasião, relatou que duas irmãs mais novas foram amarradas a suas camas” por violar regras da casa — as meninas teriam pegado doces sem permissão na cozinha da residência.

“Às vezes minhas irmãs acordam e começam a chorar por conta da dor. Estou ligando para ajudá-las”, disse, à época.

Jordan declarou que teve uma educação equivalente à primeira série. Segundo autoridades locais, mostrou problemas para soletrar seu sobrenome.

Manuel Campos, Xerife que respondeu à chamada de emergência, disse à corte em janeiro que a jovem parecia mais “uma menina”, tinha cabelos e pele muito sujos e acrescentou que “estava morrendo de medo”.

De acordo com a promotoria local, as vítimas foram submetidas a um “abuso prolongado” e, quando foram resgatadas, tiveram de ser internadas e colocadas em tratamento físico e psicológico.

 



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