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SAÚDE

Casos de hanseníase registram queda na Capital

O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial da doença, com 30mil casos novos registrados por ano.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 15/01/2020 às 14h21min | Atualizado 16/01/2020 às 08h41min

https://www.diariodaamazonia.com.br/casos-de-hanseniase-registram-queda-na-capital/

A Capital teve 63 novos casos de hanseníase diagnosticados em 2019, dois dos quais em menores de 15 anos. Em 2018 foram diagnosticados 86 casos novos. A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população quanto aos sinais e sintomas da hanseníase e mobilizará os profissionais de saúde para a busca ativa de diagnóstico precoce e prevenção de incapacidades para promover, sob coordenação geral de Vigilância e Doenças em Eliminação, a Campanha Nacional de Luta contra a Hanseníase no Brasil.

A proposta é diagnosticar é prevenir, tendo em vista que a hanseníase tem tratamento e cura. Mas o diagnóstico tardio pode provocar incapacidades físicas e deformidades visíveis. A campanha visa enfatizar o combate ao estigma e discriminação, porque a hanseníase não é mais uma doença como vista no passado.

O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades de Saúde do Município e no Centro de Especialidades Médicas (Avenida Rio Madeira com a Avenida Sete de Setembro), no bairro Agenor de Carvalho, e é feito com uso de medicamentos orais, constituídos pela associação de 2 ou 3 medicamentos, denominado poliquimioterapia (PQT), padronizado em todo o Brasil.

O tratamento normalmente dura entre 6 e 12 meses, dependendo da forma clínica, e o paciente deve comparecer mensalmente ao serviço de saúde, para ser examinado, receber a medicação (Dose supervisionada) e orientações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola. Todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de Hanseníase devem ser examinadas.

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele. A pele também pode ter alteração de sensibilidade e o paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) ao calor, frio, dor e mesmo ao toque. É comum ter a sensação de formigamentos, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés e mãos) e em algumas áreas diminuições do suor e de pelos.

O paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo. A transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio às secreções nasais e gotículas da tosse e espirro. O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial da doença, atrás da Índia. São cerca de 30mil casos novos registrados por ano, a falta de informação ajuda a agravar o problema.

 

Com informações da Comdecom



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