Porto Velho/RO, 22 Março 2024 13:04:13

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 25/04/2020 às 08h57min

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Cemitério da capital ganha ala Tonhão II para sepultamento de vítimas de Covid-19

A difícil repatriação A pandemia  do novo coronavirus em todo mundo colocou em evidência a situação de milhares de brasileiros que..

A difícil repatriação

A pandemia  do novo coronavirus em todo mundo colocou em evidência a situação de milhares de brasileiros que estavam viajando para a Europa, países asiáticos, Oceania e outros tantos recantos do mundo que foram repatriados de avião. Outros tantos ainda estão à espera de retornar país, muitos ainda na África do Sul, por exemplo.

No entanto a situação mais aflitiva de repatriação se relaciona aos acadêmicos de medicina de Rondônia instalados nas universidades da Bolívia, Paraguai e Argentina, ao todo mais de 20 mil. Grande parte já foi transferida para solo brasileiro e, em alguns casos em caravanas de ônibus percorrendo até 5 mil quilômetros, a partir da Argentina e do Paraguai. Os rondonienses repatriados da Bolívia vieram na sua maioria a partir do Mato Grosso, também enfrentando percursos quilométricos de distâncias.

Com o elevado custo das faculdades de medicina no Brasil, geradas pela carga de impostos brutal existente, nossos jovens se veem obrigados a buscar formação nos Países vizinhos. A cada ano tem aumentado o número de acadêmicos na Bolívia, Argentina e Paraguai. Os pais reclamam que não conseguem manter os filhos em faculdades brasileiras, no caso de Porto Velho mesmo com mensalidades beirando R$ 8 mil, todas estão lotadas e centenas de vestibulandos de outros estados tem procurado Rondônia, já que em estados mais tradicionais a disputa nos cursos de medicina chega   atingir até 100 candidatos por vaga.

A pandemia colocou esta situação dos acadêmicos brasileiros em outros países em evidência e assim como houve a difícil e custosa repatriação estes brasileiros, quando a situação  da pandemia amenizar os estudantes vão precisar de apoio para voltar as suas faculdades nos países vizinhos. .

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Terra legal

É uma situação paradoxal que o Programa Terra Legal, iniciado em 2009 sob aplausos e a confiança geral de que seria a resposta definitiva para os sangrentos conflitos pela posse da terra na Amazônia, esbarre, uma década depois, na decepção de enfrentar diversas acusações de ilegalidades apanhadas pelo crivo do Tribunal de Contas da União. Só em Rondônia são mais de 100 mil propriedades a espera de titulação.

Plano de ação

A rigor, é uma decepção que se subdivide em várias outras decepções, começando pela falta de providências para a recuperação de áreas irregularmente ocupadas. O TCU deu quatro meses para que o Incra e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apresentem um plano de ação, detalhando providências, responsáveis e prazos. Serão 120 dias para fazer o que não foi feito com cuidado em 120 meses.

Atrasos e recuos

A função do amanhã é deixar o ontem para trás. Quando Stefan Zweig publicou o livro “Brasil, país do futuro”, em 1941, não imaginava um amanhã de atrasos e recuos. O Programa Terra Legal, depois dos puxões de orelhas aplicados pela ministra Ana Arraes, do TCU, precisará evitar as ilegalidades para ter um futuro melhor que seu controverso passado. A legalização das  propriedades rurais é um grande desafio.

Tonhão II

Situado ao lado do Cemitério Santo Antônio, conhecido como “Tonhão” na capital, foi aberta  pela municipalidade de Porto Velho uma área para reforçar a capacidade de sepultamentos na capital devido ao coronavirus, já alcunhadoade Tonhão II por populares. Ocorre que a região está perigosamente próxima ao Rio Madeira e igarapés e até das proximidades de uma fonte de água mineral muito conhecida na região amazônica.

A fiscalização

A advocacia Geral da União-AGU sorteou recentemente 60 municípios no País para fiscalizar a aplicação dos recursos federais. Destes, 10 municípios na região amazônica. Com a pandemia do coronavirus não se tem notícias da chegada dos técnicos para cá. Em Rondônia o município “felizardo” para fiscalização foi Campo Novo de Rondônia que se foi fiscalizado ficou quietinho da silva, pois na quase totalidade das fiscalizações os alcaides são autuados.

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Via Direta

*** Aumenta a preocupação do funcionalismo estadual quanto ao recuo da arrecadação em Rondônia e o reflexo desta situação quanto ao próximo pagamento dos servidores *** Até agora o governador Marcos Rocha, economizando até para o cafezinho tem conseguido, mesmo com a pandemia do coronavirus manter em dia os salários do funcionalismo *** Da mesma forma o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves tem se revelado um baita gestor no que se refere ao quadro dos servidores públicos com o pagamento rigorosamente em dia *** A grande verdade é que a situação exige austeridade de todos os poderes, já que todo mundo  está no mesmo barco *** Até as feiras livres de Porto Velho, antigamente bem movimentadas estão caídas pelas tabelas *** Na feira realizada no bairro Liberdade, na Av. Rafael Vaz e Silva as queixas tem sido grandes *** É todo comércio urrando e clamando pela liberalização geral

 


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sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

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