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Diário da Amazônia

Cheia deve atingir mais de 4 mil famílias

A cheia do rio Madeira continua avançando e atingindo várias áreas do Médio e Baixo Madeira e regiões centrais de Porto Velho. O..

Por Redação-Diário da Amazônia
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Publicado: 10/03/2019 às 10h58min

A cheia do rio Madeira continua avançando e atingindo várias áreas do Médio e Baixo Madeira e regiões centrais de Porto Velho. O nível do rio atingiu sua maior cota de 17,35 metros em Porto Velho. Na manhã de ontem (9), o nível do rio marcou 17,31 metros. De acordo com o subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBM-RO), Gilvander Gregório, o prognóstico aponta que mais de 4 mil famílias serão atingidas pela cheia deste ano em Porto Velho, no Médio e Baixo Madeira. Cerca de 1,5 mil famílias já foram afetadas e a tendência é que esse número aumente nos próximos dias.

“Nós já temos mais de 1500 famílias atingidas pela cheia 2019, contando com famílias desabrigadas e desalojadas. Se o nível do rio se manter em 17,25 e 17,29 como está previsto para hoje, o prognóstico de famílias que serão atingidas é de até 4 mil. Esse calculo é baseado nas últimas cheias que nós trabalhamos junto com o Município”, afirmou o subcomandante Gregório.

O Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, em parceria com a prefeitura de Porto Velho, lançará a partir de hoje a campanha “SOS Enchente 2019”. O objetivo da campanha é atender às famílias que moram nas áreas atingidas para que elas não passem necessidades. A equipe do CBM está auxiliando a população afetada há um mês jundo com a Defesa Civil Municipal.

“Estamos correndo e a partir de amanhã nós vamos descer com os barcos e lanchas no rio Madeira para fazer o atendimento, com viveres, para atender essa população que é historicamente mais atingida e vulnerável em muitas localidades”, disse Gregório.

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros realizam o atendimento a essas famílias oferecendo quatro itens básicos: cestas básicas, kit higiene, kit de limpeza e água mineral além da instalação de barracas e abrigos e poio logístico para a mudança. “Nós já estamos com o apoio logístico preparado e já estamos com uma equipe de gestão a posto para atender essa demanda porque nós não queremos esperar acontecer para depois mediar. Nós temos que planejar e prever nossa logística e estamos fazendo isso há um bom tempo, junto com a prefeitura e com os nossos demais órgãos”, contou o subcomandante Gregório.

O número de famílias desalojadas chegou a 137, algumas delas foram levadas para a casa de parentes, outras alugaram casas para morar e outras estão em abrigos organizados pela Secretaria de Assistência Social e da Família (Semasf) em parceria com a Defesa Civil Municipal. As 145 famílias desabrigadas estão sendo assistidas pela prefeitura, de acordo com a Defesa Civil. Segundo a Semasf, 25 pessoas estão alojadas no Ginásio Fidoca, localizado no bairro Agenor de Carvalho, em Porto Velho, somando o total de 6 famílias.

A tendência é aumentar o número de pessoas no local com o avanço do rio e um outro abrigo provisório poderá ser instalado segundo informou a Diretora da Proteção Social Especial e psicóloga Ana Karla Feitoza. “Todas as famílias afetadas pela capital e que não têm para onde ir estão sendo levadas para lá. No local as famílias estão recebendo café da manhã, almoço, jantar e estamos tentando, nesse momento difícil, contribuir da melhor forma”, contou Ana.



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