O Departamento Econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia – Fecomércio/RO, fez uma estimativa dos prejuízos provocados pelas fortes chuvas em Porto Velho, com seus alagamentos, concluindo que cada ponto de alagamento provoca um prejuízo diário de mais de R$ 41 mil reais à economia da cidade.
Com 17 pontos de alagamento identificados nas últimas chuvas, as perdas, no âmbito do município, chegam a mais R$ 18 milhões anuais. E, com os efeitos pelas cadeias de produção e renda, o prejuízo vai a quase R$ 42 milhões por ano.
A estimativa do impacto do alagamento foi restrita à cidade de Porto Velho e não inclui os efeitos, por exemplo, de uma interrupção da BR-364, como a recentemente ocorrida, que, pode significar um impacto direto de interrupção diária equivalente a cerca de R$ 287 mil, sem considerar os efeitos indiretos, que podem chegar a cerca de R$ 648 mil diários.
[…] as chuvas, em face dos problemas de alagamento que provocam, reduzem a atividade econômica”.
Para o presidente da Fecomércio/RO, Raniery Coelho, o que se procura com uma quantificação do problema “É mostrar que as chuvas, em face dos problemas de alagamento que provocam, reduzem a atividade econômica, aumentam os custos das empresas e afetam a sua competitividade”.
Os seus efeitos também se fazem sentir no faturamento e no emprego, de vez que, quando há chuvas muito fortes, a quantidade de vendas diminui e os empregados faltam mais. E, nos últimos cinco anos, parece que os problemas de alagamento começaram a aumentar, bem como, nos últimos meses, violentos temporais tendem a acentuar os problemas.
Para Raniery, considerando que as questões ultrapassam o sistema urbano, “As soluções requerem a coordenação de esforços dos poderes Municipal, Estadual e Federal, mas, é preciso buscar formas de minimizar os efeitos das enchentes”.
Através da assessoria de imprensa, a Fiero (Federação das indústrias de Rondônia) informou que ainda não tem registro de impactos nos principais setores industriais do estado. Apesar da grande quantidade de estradas precárias, algumas intransitáveis, as indústrias estão com estoques para manter as linhas de produção e atender a demanda.
O setor madeireiro geralmente faz estoques de matéria prima, considerando que no inverno as estradas rurais não suportam o tráfego de caminhões carregados.
Os laticínios estão com estoques suficientes para manter a produção. O setor ainda não foi afetado porque a maioria dos produtores tem tanques de resfriamentos para armazenar o leite natural. Nos locais onde as estradas estão precárias, os caminhões coletores podem entrar em dias alternados sem comprometer a qualidade do produto.
A assessoria da Fiero também informou que os frigoríficos mantêm as escalas industriais normais. A maioria da carne rondoniense é exportada.
Preocupa em Rondônia a situação do inverno na Bolívia sendo que o volume de águas desce para o rio Madeira. Em Porto Velho as primeiras famílias atingidas foram retiradas pela Defesa Civil no último final de semana. Os tabalhos continuam porque o nível do rio continua subindo e vai aumentar.
O Senamhi (Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia da Bolívia) declarou alerta laranja antes que fortes chuvas e tempestades elétricas se registrem entre até o dia 14, com quantidades acumuladas de 40 a 90 milímetros de água, nos departamentos de Tarija, Chuquisaca, Santa Cruz, Cochabamba, La Paz, Beni e Pando.
Um total de 13.283 famílias afetadas, 20 mortos, 12 desaparecidos e danificou 13.200 hectares de culturas é o resultado que causaram, em 38 municípios, chuvas torrenciais que têm assolado o país até o momento.
O ministro da Defesa, Javier Zavaleta, explicou que, do total de afetados, “há 4.436 famílias afetadas que perderam todos os seus bens, em 22 municípios declarados em desastre e 16 em emergência”, afirmou. A maioria deles em Potosí, La Paz e Santa Cruz.
As águas do rio Beni (que junto com o rio Mamoré formam o rio Madeira) continuam a causar danos às comunidades indígenas e camponesas. Nós próximos quatro dias deve aumentar as chuvas. Em Rurre foram 80 horas de chuva, e em quatro dias de temporal causou as primeiras inundações e as cheias do rio Beni. Autoridades estimam mais de 10.000 cabeças de gado tenham morrida com as enchentes na Bolívia.
Alerta vermelho 10 a 14 fevereiro
38 municípios afetados
22 declarados em desastre
16 em situação de emergência
13.283 famílias afetadas
20 mortos
12 desaparecidos
10.000 gado morto
13.200 hectares de culturas