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Diário da Amazônia

China confirma segundo caso de peste suína africana

A China detectou um segundo caso de peste suína africana em um matadouro de uma empresa alimentícia na região de desenvolvimento..

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Publicado: 16/08/2018 às 14h56min

Foto: Divulgação

A China detectou um segundo caso de peste suína africana em um matadouro de uma empresa alimentícia na região de desenvolvimento econômico de Zhengzhou, na província de Henan (centro), informou nesta quinta-feira (16) o Ministério de Agricultura e Assuntos Rurais.

A descoberta foi confirmada hoje pelo Centro Nacional de Doenças Animais e pelo Centro Nacional para a Saúde Animal e de Epidemiologia da China, que estavam há dois dias analisando 30 porcos que morreram de forma inesperada em um matadouro dessa região.

Segundo o certificado de quarentena, os porcos tinham viajado milhares de quilômetros desde uma fazenda na cidade de Jiamusi, na província nordeste de Heilongjiang, até o matadouro no qual morreram, que pertence a uma empresa de carne que não foi identificada pelo Ministério.

Após confirmar o foco da doença, o governo lançou uma campanha de supervisão em ambas as províncias.

Em Henan foi colocado em funcionamento um mecanismo de resposta de emergência que inclui medidas como isolar, sacrificar, desinfetar e aplicar tratamentos a todos os porcos e produtos derivados que tenham sido transportados entre as zonas em quarentena.

Por sua vez, as autoridades da província de Heilongjiang fizeram investigações epidemiológicas e afirmaram que por enquanto “a epidemia foi controlada de forma efetiva”.

Trata-se do segundo foco, após a China ter confirmado na semana passada que sete porcos tinham morrido por causa da peste suína africana em uma fazenda da cidade de Shenyang (na província de Lianoning, ao nordeste), que fez com que outros 47 animais adoecessem pelo vírus.

Com o objetivo de evitar a expansão da doença – que pode representar uma grave ameaça para o mercado suíno do país -, as autoridades provinciais isolaram uma área perto da fazenda e sacrificaram um total de 8.116 porcos que viviam nos arredores, informou o jornal oficial “Global Times”.

A peste suína africana – que costuma afetar javalis verrugosos, potamóqueros de rio (uma espécie de porco natural do Chifre da África) e carrapatos – não é contagiosa para os seres humanos, mas pode ser uma ameaça para o mercado suíno da China, que representa mais da metade do setor em nível global.

O gigante asiático produz a maior parte da carne de porco que necessita para o seu consumo, embora também importe este produto de outros países como Estados Unidos, Espanha e Alemanha.

O Ministério de Agricultura e Assuntos Rurais da China confirmou na semana passada a existência do foco, mas não especificou sua variedade, um dado relevante, já que uma cepa muito contagiosa poderia acabar com todos os animais de uma fazenda, enquanto uma menos perigosa poderia ter uma taxa de mortalidade de 10% a 30%. EFE



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