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Diário da Amazônia

Cientistas criam coronavírus em laboratório para acelerar vacinas

Cientistas criam coronavírus em laboratório para acelerar vacinas

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Publicado: 29/01/2020 às 10h46min | Atualizado 29/01/2020 às 10h51min

Uma equipe de cientistas na Austrália informou hoje que desenvolveu uma versão de laboratório do novo coronavírus, a primeira a ser recriada fora da China, em uma descoberta que pode acelerar a criação de uma vacina contra o vírus.

Os pesquisadores do Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade, em Melbourne, disseram que compartilhariam a amostra, desenvolvida a partir de um paciente infectado, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e laboratórios de todo o mundo.

“Este é um passo, é uma peça do quebra-cabeça com a qual contribuímos”, disse o vice-diretor do instituto, Mike Catton, a repórteres, enquanto pontuava que, sozinha, a amostra não venceria a luta contra o vírus.

O surto de coronavírus irrompeu na cidade de Wuhan, região central da China, no fim de 2019. Embora o país tenha isolado boa parte da província de Hubei, cujo volume populacional se assemelha ao da Itália, o vírus já se alastrou por mais de doze países, no sudeste da Ásia, Austrália, França e Estados Unidos.

Um laboratório chinês já cultivou o vírus, mas divulgou apenas a sequência de genoma, não a amostra em si, de acordo com a rede de televisão pública Australian Broadcasting Corp.

Além de contribuir para a criação de uma vacina, a amostra cultivada na Austrália poderia ser usada para gerar um teste de anticorpos, o que permitiria a detecção do vírus em pacientes que não apresentavam sintomas, informou o Instituto Doherty.

“Ter o vírus real significa que, agora, temos a capacidade de validar e verificar todos os métodos do teste”, disse Julian Druce, chefe do laboratório de identificação de vírus do instituto.

Fonte: Reuters



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