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Roberto Ravagnani

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Publicado: 31/07/2019 às 17h28min

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Coluna Ser Voluntário: é necessário ter fé

Vamos inicialmente a origem da palavra: ETIM lat. fĭdes,ēi ‘fé, crença (no sentido religioso), engajamento solene etc.’..

Vamos inicialmente a origem da palavra: ETIM lat. fĭdes,ēi ‘fé, crença (no sentido religioso), engajamento solene etc.’
Pode parecer estranho falar de fé em uma coluna que fala de voluntariado, mas estão intimamente ligados, na origem da palavra já temos uma pequena pista. O trabalho voluntário em quase todo o mundo, começou através dos religiosos das mais variadas denominações e hoje em dia ainda tem grande força de mobilização de pessoas em prol de causas.

A fé ainda está atrelada ao voluntariado pela necessidade de se ter fé (não a religiosa, mas a de acreditar/ confiança absoluta (em alguém ou em algo); crédito) e ter a fé do engajamento, dito na origem da palavra.
É preciso ter fé que ao se engajar em um trabalho voluntário, seu trabalho faz sentido, faz a diferença, que realmente você está fazendo parte da solução e não do problema, esta fé é fundamental para que nossos desafios voluntários possam ser enfrentados de maneira mais confiante.

A fé para aqueles que professam alguma religião, tem um valor mais emocional, mais de ligação com algo muito superior, para aqueles que não professam nenhuma religião, tem o sentido mais racional de crença nos resultados do trabalho, ambas andam juntas no trabalho voluntário e são necessárias para que mais trabalhos voluntários existam e diminuam o degrau social que existe no mundo.

Um único cuidado que eu entendo ser necessário é não confundir e usar a fé para iniciar um trabalho voluntário e fazer deste trabalho uma plataforma para conseguir mais fiéis para uma ou outra denominação religiosa. A fé é fundamental, mas pode ser utilizada para o bem e para o mal, como quase tudo no mundo e como o trabalho voluntario na sua grande maioria é dirigida a pessoas pode ser utilizada para arrebanhar fiéis em um momento de grande fragilidade.

Não tenho nada contra o engajamento das pessoas em práticas religiosas, acho até fundamental para o equilíbrio emocional nosso, mas só não acredito ser ético o uso da ferramenta do voluntariado para essa finalidade aproveitando-se do momento.


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sobre Roberto Ravagnani

Colaborador do Diário da Amazônia-  Roberto Ravagnani é autor, palestrante, jornalista (MTB 0084753/SP), radialista (DRT 22.201), conteudista e Consultor de voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário palhaço hospitalar desde 2000, fundador da ONG Canto Cidadão, Associado para o voluntariado da GIA Consultores no Chile, fundador da Aliança Palhaços Pelo Mundo, Conselheiro Diretor da Rede Filantropia, sócio da empresa de consultoria Comunidea e Membro Engage for business. www.robertoravagnani.com.br

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