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Editorial

coluna

Publicado: 07/04/2020 às 10h10min

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Com vizinhos em pavor, Acre e Rondônia minimizam a crise

O comportamento dos governos de Rondônia e Acre são bem divergentes das decisões tomadas pelos vizinhos diretos Mato Grosso e Amazonas...

O comportamento dos governos de Rondônia e Acre são bem divergentes das decisões tomadas pelos vizinhos diretos Mato Grosso e Amazonas. Ou por aqui vem ocorrendo fenômenos fora do comum ou esses governos vem omitindo dados para se posicionarem de forma diferente. No entanto, a flexibilização que causou o relaxamento quase geral, o decreto de calamidade está mantido, e assim o governo pode utilizar o orçamento da forma que bem entender sem a burocracia peculiar. Rondônia e Acre se comportam como se vivessem num outro planeta.

Ao registrar a primeira morte por covd-19, o governo mato-grossense adotou a obrigatoriedade do uso de máscaras em toda o estado. Até ontem eram 60 casos confirmados. O controle passou a ser mais rigoroso e o estado presente com ações firmes. A campanha “Eu cuido de você, você cuida de mim” caiu na graça dos mato-grossenses que temem a contaminação em grande escala como vem ocorrendo em diversas partes do mundo.

Do outro lado do mapa, o vizinho Amazonas que recebe turistas do mundo inteiro, e conforme anunciou na sexta-feira passada (dia 3), o ministro da Saúde, Luiz Mandetta, deve ser o estado mais afetado nos próximos dias, foi imposto mesmo que tardio, maior rigor no controle de entradas de pessoas. Até ontem à tarde, o Amazonas tinha 532 casos de coronavirus, 19 mortes por covid-19 e mais sete mortes em investigação. Os registros estão crescentes de forma rápida e o temor é grande.

No porto do Cai N´água, em Porto Velho, tudo corria solto sem qualquer controle. O fluxo para o Amazonas representa a maior demanda das embarcações que saem e que chegam. Somente no ultimo Decreto é que o governo rondoniense incluir demandas para o local, porém a fiscalização ainda é minúscula por lá. No mesmo decreto foi dado o amparo ao Estado e o problema aos municípios, onde cada prefeito deverá decidir sobre suas demandas locais, sob forte pressão de comerciantes.

É sabido e noticiado pelo próprio Estado que tivemos longo tempo sem os kits de exames e, com isso, as estatísticas estariam abaladas. Outro fato envolvendo um médico (professor e pesquisador) que alegou perseguição com transferência de unidade de trabalho por discordar da conduta aplicada pelo Estado no controle epidemiológico. Esperamos que tudo isso seja uma ficção e que no final termine tudo bêm. Rondônia e Acre precisam acordar.


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